O SE abre mão dos pequenos bancos escamoteáveis, mas mantém um interior confortável, com revestimento agradável e muitos porta-objetos

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Visual interno não é o ponto alto do Journey, que mostra linhas sóbrias; ar-condicionado automático e bancos de couro ficam de fora da versão

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Ao rebater a parte central do banco traseiro os passageiros ganham um apoio de braço com porta-copos; sob seu piso, local para mais objetos

Como vimos até agora, o Journey SE pode agradar a um leque variado de consumidores e a razão disso é o planejamento da Chrysler sobre esse produto, lançado no Salão de Frankfurt de 2008. A empresa então já vivia sob a espada dos maus resultados, acumulando perdas, e não poderia se permitir um erro, um lançamento que não fosse efetivo no plano das vendas. E não apenas no mercado interno norte-americano, combalido, mas sim em termos mundiais. Daí o Journey ter um acerto de suspensão mais firme, daí ter uma cara com menos cromados e um desenho que, ainda que mantendo o DNA mais recente da marca, revelado pela linha de cintura alta e os vincos marcantes, visa a agradar a japoneses, europeus e, por que não, brasileiros.

Segundo a Fenabrave, de janeiro a junho de 2010 ele teve 951 unidades emplacadas no Brasil. Portanto, a meta da Chrysler de vender ao menos 2 mil este ano não está longe. Aliás, é fácil apostar que com a chegada do SE, custando nada menos que R$ 14 mil a menos que o STX oferecido até então, atingir a meta é questão de poucos meses.

Ao volante   Rodar com o Journey SE é prazeroso. Passados os primeiros instantes, onde largura e comprimento da carroceria sugerem uma conduta excessivamente cuidadosa ao volante, percebe-se que o novo Dodge é um carro bem equilibrado.

Carro?

Sim, um carro. A graça dos crossovers é juntar o melhor dos mundos dos grandes utilitários esporte à agilidade das peruas e à praticidade das minivans. Todos sabem que os donos dos poderosos Pajeros, Santa Fe & Cia. quase nunca usam os dotes de fora de estrada de suas sofisticadas transmissões, mas não abrem mão da personalidade alta, longa e forte de seus veículos. E os donos de peruas, estão felizes ou piscam o olho para esses utilitários? Estão realmente convencidos que levar para passear uma enorme carroceria, perdendo agilidade e ganhando espaço, é um mau negócio? E os clientes de Picasso, Zafira e outras, gostariam de mudar de cara, de personalidade, mantendo aquele espaço interno que os levou a escolher um monovolume?

Para todos esses, a Dodge propõe uma válida alternativa com o Journey SE. Um carro que tem cara de utilitário esporte, espaço interno de minivan e tocada de automóvel, ou quase isso. E o "quase" fica por conta do grande entre-eixos e da escassa visibilidade traseira, que torna obrigatória a instalação de sensores de estacionamento, sob pena de sofrer demais para colocar seus quase cinco metros numa vaga. A suspensão McPherson na dianteira e independente multibraço atrás, firme na medida justa, tem mais jeito de automóvel que de utilitário. Exagerando ao provocar o Journey em curvas, nota-se que a carroceria inclina pouco e que as suspensões regem as fartas dimensões do veículo bem auxiliadas pelos esquemas eletrônicos. Continua

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Medido até o teto, o compartimento de bagagem leva 758 litros que passam a 1.461 com o banco rebatido; debaixo do assoalho, outro amplo espaço

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