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A concorrência é toda flexível em combustível. Na região sudeste, o maior mercado do Brasil, mais de 65% de suas vendas correspondiam à versão de 1,0 litro a álcool. O propulsor flexível já está em uso desde julho no Celta e, como se não bastasse, o modelo representa 45% das vendas de toda a linha Corsa. Por que não equipar o Classic — primeira geração do Corsa Sedan, que já há algum tempo deixou de se chamar Corsa — com o motor 1,0 VHC Flexpower?

O desenho é o mesmo desde 1995, mas permanece
simpático; o porta-malas tem espaço adequado

A resposta tardou, mas chegou e agora a General Motors coloca no mercado o Classic com motor flexível. Ele aposenta as duas antigas motorizações, 1,0 VHC a gasolina de 70 cv e 1,0 a álcool de 64 cv (o 1,6 a gasolina de 92 cv permanece). Embora utilize o mesmo propulsor do Celta, sem as evoluções empregadas na linha Corsa, ficou um pouco mais potente com álcool devido ao sistema de escapamento menos restritivo.

Com o combustível vegetal, o Classic rende 72 cv a 6.400 rpm e torque de 9 m.kgf a 3.000 rpm. No Celta são 70 cv e o mesmo torque com 200 rpm a mais. Com gasolina no Classic, os números são, na ordem, de 70 cv e 8,8 m.kgf às mesmas rotações. A taxa de compressão do motor VHC a gasolina, 12,6:1, foi mantida. Como já era bastante alta, permanece adequada para o uso de álcool.

De acordo com os dados da GM, o veterano sedã acelera de 0 a 100 km/h em 14,4 segundos e atinge 163 km/h de velocidade máxima quando utiliza álcool. Se a opção for por gasolina, os números, na ordem, são de 14,8 s e 161 km/h. Embora não divulgue mais os índices de consumo, a empresa indica autonomia de 612 quilômetros com álcool (média de 12,8 km/l) e 851 km com gasolina (17,8 km/l) em rodovia. Vale notar que o tanque cresceu minimamente, de 46 para 47,8 litros, o que a GM diz "aumentar ainda mais a autonomia". A diferença cobre no máximo 32 km...

No Classic o motor tem 2 cv a mais que no Celta,
com uso de álcool, e mostra bom desempenho

As versões não mudam. O Classic continua disponível em três acabamentos, em que o básico Life vem com vidros verdes, desembaçador do vidro traseiro, cintos dianteiros com regulagem em altura e laterais traseiros de três pontos retráteis e calotas. O intermediário Spirit adiciona direção assistida, aquecimento e frisos laterais. Já o Super inclui ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico, alarme, retrovisores, maçanetas e frisos laterais na cor da carroceria. O fato de poder vir bem-equipado de fábrica representa boa vantagem — tanto em custo quanto em confiabilidade — sobre o Celta, que recebe direção assistida e os itens elétricos só em concessionárias. Continua