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A revolução dos suecos

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Elegantes, cada vez mais rápidos e muito seguros, os
novos S60 e V70 T5 mudam conceitos na Volvo

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Lembra-se daqueles Volvos quadradões, de estilo desinteressante e ultrapassado? Pois é melhor esquecer. A renovação de estilo da marca sueca, iniciada em 1995 com o sedã S40 e a perua V40, prosseguiu pelos modelos superiores -- o cupê e o conversível C70, o luxuoso S80, já avaliado em nossas páginas, e a perua V70 -- e completou-se em grande estilo, no Salão de Paris do ano passado (leia cobertura), com o belo sedã esportivo S60.

O Best Cars Web Site avaliou os dois últimos, em versão de topo, para constatar o que a marca chama de revolvolution, trocadilho com a palavra inglesa para revolução. O S60, lançado em março no Brasil, concorre com BMW Série 3, Mercedes-Benz Classe C e Audi A4, este já remodelado na Europa (saiba mais). Às versões iniciais 2.4T (R$ 146.200) e T5 (R$ 159.900), ambas com motor de cinco cilindros turbo, foi acrescentada uma de quatro cilindros, 2,0 litros e turbo, que custa R$ 118.900.

Clique para ampliar a imagem O S60, um sedã esportivo com jeito de cupê, é o mais novo símbolo da revolvolution, a revolução de conceitos na marca sueca que vem tornando muito elegantes seus últimos lançamentos

A V70, que mantém a denominação adotada na fase final do modelo anterior 850, foi apresentada no Salão de Genebra em março de 2000 e lançada aqui em agosto do mesmo ano. As versões são as mesmas 2.4T e T5 (de 2,4 e 2,3 litros, nesta ordem) do S60. Em porte e desempenho, suas concorrentes são as peruas Mercedes Classe E e Audi A6, mas a Volvo leva vantagem em preço sobre a primeira: custa de R$ 136.500 (2.4T) a R$ 156.000 (T5 com controle de estabilidade).

Ambos substituem a linha 850, depois renomeada S70/V70, com projeto básico de 1991. Compartilham a plataforma e muitos componentes mecânicos com o sedã maior S80, apenas com variação nas dimensões -- o entreeixos, por exemplo, vai de 2,71 a 2,79 metros conforme o modelo. Exclusivo do S80, porém, é o motor transversal de seis cilindros em linha, único hoje no mundo.

O novo jeitão dos Volvos, introduzido pela equipe de estilo chefiada por Peter Horbury, fica bem evidente nos dois automóveis: um "ombro" percorre toda a carroceria, da frente -- onde delineia um ressalto para a grade -- à traseira, onde modela a forma das lanternas. O efeito estético é interessante e acrescenta à imagem de solidez dos carros da marca.

Lançada no Salão de Genebra de 2000, a perua V70 utiliza a mesma plataforma dos sedãs S60 e S80, mas com distância entre eixos intermediária entre eles

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O S60 é um caso à parte. A Volvo adotou um perfil de teto, vidro traseiro e tampa do porta-malas extremamente fluido, com um vidro quase tão extenso quanto o pára-brisa e bastante inclinado, e a suavidade típica de um cupê. As janelas traseiras são quase triangulares para acompanhar esse perfil, que dá um ar dinâmico e esportivo ao carro. Contribuem as bitolas, as mais largas da categoria, e as rodas alinhadas com os pára-lamas, quando visto de frente ou de traseira. Além do bom coeficiente aerodinâmico, 0,28 (contra 0,30 da V70), o resultado surpreende a quem se acostumou aos antigos Volvos.

Na V70 permanecem as lanternas posteriores que sobem pelas colunas, típicas da marca há muitos anos e também um fator de segurança. Ainda mais tradicionais são o corte vertical da traseira e as amplas janelas posteriores, de que a marca não abre mão. Seu estilo, com frisos verticais cromados na grade (no S60 ela é quadriculada e preta), não chega a cativar como o do sedã, mas é elegante e tem o mérito de ser facilmente identificada como uma Volvo. 

O interior, praticamente idêntico para ambos, traz muito conforto para quatro ocupantes e
detalhes como ajuste elétrico dos bancos e um porta-copos no apoio de braço traseiro

Riqueza de detalhes   Abertas as portas, o aproveitamento de componentes em vários modelos fica claro: o motorista dificilmente conseguiria identificar em qual deles se sentou, a não ser pelo volante -- maior e de quatro raios na V70, compacto e de três raios no S60, aliás o primeiro assim na marca desde o cupê 1800 ES da década de 70. Painel e comandos, exatamente os mesmos em ambos, são simples e de fácil utilização, com predomínio de botões giratórios, práticos e seguros, pois não exigem que se olhe para eles uma vez habituado. Continua

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