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Economia na medida

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Por R$ 42 mil a menos que a versão de topo, a Volvo V70
de 180 cv ainda conquista pelo conforto e desempenho

Texto e fotos: Fabrício Samahá

É comum, ao se avaliar uma versão de topo e mais tarde uma inferior do mesmo automóvel, detectar uma série de diferenças e a falta de alguns itens que haviam agradado no primeiro veículo. Isso acontece com carros dos mais variados segmentos -- mas a Volvo V70, perua de maior porte da marca sueca, representa uma exceção.

Os principais elementos da versão T5, com motor de 2,3 litros, turbo de alta pressão e 250 cv, avaliada há cerca de um ano, permanecem nesta V70 de entrada, denominada 2.0T, que traz um 2,0-litros com turbo de baixa pressão e 180 cv. Pressionada pelo dólar na estratosfera mas beneficiada pela nova alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, ela custa R$ 128 mil, uma vantagem de 25% em relação à T5 (que sai por R$ 170,6 mil) que aparece no bolso de qualquer um.

Clique para ampliar a imagem Salvo pelo logotipo na traseira e pela ausência de faróis de neblina e limpadores, a 2.0T é igual por fora à bem mais cara T5: um argumento a mais a favor da versão de entrada

Por esse preço há escassa concorrência. A Audi A6 Avant, de porte similar e motor 2,4 V6 de 165 cv, é bem mais cara, R$ 174,2 mil. A Citroën C5 Break custa bem menos, mas não passa de 138 cv com seu motor 2,0-litros e tem menos equipamentos. A adversária mais próxima em preço, a VW Passat Variant 1,8 Turbo, custa cerca de R$ 140 mil (US$ 36 mil) mas oferece apenas 150 cv, câmbio manual (o Tiptronic sai por mais R$ 19 mil!) e menos itens de conforto e segurança.

Vista de fora, além do logotipo na traseira, a V70 2.0T mostra poucas diferenças para a T5: apenas não tem faróis de neblina e os limpadores dos faróis principais. Até as rodas de 16 pol são as mesmas, embora com pneus 215/55 em vez de 225/55. Suas linhas têm apreciadores e o mérito de não se confundirem com nenhuma outra marca, graças aos elementos de estilo Volvo: a grade proeminente, os "ombros" pronunciados, a traseira truncada com lanternas subindo pelas colunas, as janelas posteriores alongadas.

No interior, algumas simplificações -- sistema de áudio, ajustes do banco do passageiro, porta-copos -- que pouco afetam o conforto. A facilidade de uso dos comandos é um ponto alto dos Volvos
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Por dentro, a boa impressão deixada pela V70 T5 permanece, mesmo com a eliminação dos apliques simulando madeira. Em seu lugar, as portas trazem uma faixa em tom alumínio, de bom gosto. O painel é o mesmo, de fácil leitura, assim como o volante de quatro raios, que aloja comandos do sistema de áudio e do controlador de velocidade.

Em uma análise atenta aparecem outras simplificações: os recursos sofisticados de áudio do rádio, que traz toca-fitas e toca-CDs na mesma unidade; os ajustes elétricos do banco do passageiro à frente (embora permaneçam as regulagens de apoio lombar, altura e inclinação do assento); o porta-objetos e os dois porta-copos no apoio de braço traseiro; o recolhimento elétrico dos retrovisores; a tomada de energia 12V no porta-malas. Em síntese, a 2.0T perde itens que não farão falta à maioria dos usuários.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 26/10/02

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