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Torque é destaque do Strada 1,8

O segundo Fiat com motor GM revela muita força em
baixas rotações, e há também a versão Fire de 1,25 litro

Avaliação: Adriana S. Cartaxo - Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A contínua desvalorização do real trouxe um problema para a Fiat: ficou caro importar os motores 1,6-litro de 16 válvulas (tanto o de curso curto quanto o de curso mais longo) da Itália, para equipar as linhas Palio, Brava e Doblò. Com a associação com a General Motors, a solução estava em casa: adotar motores nacionais, produzidos pela Powertrain, empresa formada por ambas para esse fim.

O processo começou com o Stilo, que já nasceu com os 1,8-litro de oito e 16 válvulas originários da GM (equipam Corsa e Meriva), e agora se estende ao picape Strada. Com a substituição em paralelo do veterano motor Fiasa 1,5 (da mesma família do 1.050 que surgiu em 1976 com o Fiat 147) pelo moderno Fire 1,25-litro, o resultado é uma linha totalmente nova para o picape da Fiat, líder do segmento com 41% de participação entre janeiro e outubro deste ano.

A potência máxima caiu em 3 cv, mas o torque do antigo motor 1,6 16V, atingido a 4.500 rpm, é superado a apenas 2.000 giros no novo propulsor, o mesmo do Stilo, Corsa e Meriva

A linha 2002 era composta por versões Working 1,5 (de cabine simples ou estendida), Working 1,6 16V (apenas cabine simples), Adventure 1,6 16V e LX 1,6 16V (ambas só com cabine estendida). Agora, no modelo 2003, sai de cena a LX, a Adventure vem apenas com o "GM" 1,8 e a Working, além da opção de cabines, pode vir tanto com este motor quanto com o Fire 1,25. Compare os preços.

Idêntico ao do Stilo, o motor 1,8 tem pequenas diferenças para o utilizado pela GM, como o acelerador eletrônico (drive-by-wire) e um mapeamento diferente para a injeção, que resulta em potência de 103 cv (1 a mais que nos Chevrolets) e torque de 17 m.kgf (0,2 a mais) a apenas 2.800 rpm. A Fiat informa que a 2.000 rpm já aparecem 92% deste valor, ou 15,6 m.kgf -- mais do que o torque máximo do Fiat 1,6 16V, que era de 15,4 m.kgf e surgia a elevadas 4.500 rpm.

Os 17 m.kgf de torque facilitam algumas brincadeiras ao volante do Adventure,
agora versão de topo do Strada. Não há alterações externas, salvo o logotipo
1.8

Portanto, não resta dúvida que o Strada ficou muito ágil. Avaliado pelo BCWS em Araxá, MG na versão Adventure, o picape responde muito bem ao acelerador e pode ser dirigido com desenvoltura em baixas rotações. Nada mais natural do que alongar as relações de transmissão: isso foi feito na quinta marcha e no diferencial, que somam 9% de alongamento, o que se reflete em quase 400 rpm menos a 120 km/h nessa marcha. A transmissão em si é exclusiva para esse motor, com alavanca mais próxima do painel do que nos demais Stradas.

Como a potência máxima é 3 cv menor, houve perda na velocidade máxima, de 180 para 178 km/h (Working), mas a aceleração de 0 a 100 km/h melhorou de 10,1 para 9,7 s. No consumo, ligeiras vantagens: passou de 10,7 para 11,3 km/l na cidade e de 14,8 para 15,2 km/l na estrada. O Adventure anda um pouco menos em função do maior peso, parte dele devido a itens meramente decorativos como os estribos.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 26/11/02

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