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A mordida do leão

O recém-chegado Peugeot 206 afia as garras contra
dois pequenos consagrados, Corsa e Palio

Texto e fotos: Fabrício Samahá

A categoria dos hatchbacks pequenos de motor 1,6-litro é hoje uma das mais movimentadas do mercado. As opções chegarão a sete no fim do ano, quando o Ford Fiesta ganha motor dessa cilindrada. Na mesma época o Renault Clio será nacional e de geração bem mais moderna (saiba mais), acirrando a concorrência.

O novo Peugeot coloca em xeque modelos bem-aceitos pelo mercado. Conseguirão
Palio (esquerda) e Corsa enfrentar as armas do 206 (no alto)?

Como o preço coloca o Mercedes A 160 longe da disputa, restam quatro modelos: Volkswagen Gol, Chevrolet Corsa, Fiat Palio e Peugeot 206. O desinteresse da primeira marca em ter seu veículo incluído no comparativo levou-nos a colocar lado a lado os três outros, em versões GLS, ELX (únicas de 1,6 litro e 8 válvulas) e Soleil (mais próxima dos demais em preço), na ordem. Um duro combate, que tem por vencedor certo o consumidor.

Lançado na Europa em 1998 e no Brasil em abril deste ano, o 206 é a estrela da avaliação com suas linhas avançadas, típicas da marca mas diferentes de qualquer modelo da categoria. A Peugeot decidiu trazer até o fim de 1999 apenas 4.500 unidades, o que cada um dos concorrentes aqui mostrados -- incluídas as versões 1.000 -- vende em 15 dias. Trata-se de preparação do terreno para a versão nacional, a ser produzida em Porto Real, RJ em meados de 2000, com motor de 1 litro e 16 válvulas adquirido da concorrente Renault.
Estilo ousado no francês (à direita): saída de ar no capô, faróis que avançam nas laterais. O Corsa (abaixo à direita), que recorre a belas rodas de 14 pol, está mais defasado que o simples, mas ainda atual, Palio
Os demais são fartamente conhecidos, mas apresentam-se em novas versões. O Corsa, lançado em 1994 (um ano antes na Europa), une pela primeira vez acabamento GLS a carroceria hatch cinco-portas, mantendo o motor de 1,6 litro e 8 válvulas do extinto GL. Mais recente e lançado no Brasil em primeira mão em 1996 -- os europeus têm o Punto, cabendo nosso modelo aos mercados ditos emergentes --, o Palio ganhou injeção multiponto e mais 10 cv no motor de mesma arquitetura, surgindo a variação ELX (também disponível em 1-litro).

O pequeno Peugeot agrada no todo e nos detalhes, como as saídas de ar no lado direito do capô (como no compatriota Twingo), os faróis e lanternas ousados, a luz de neblina no centro do pára-choque traseiro -- tudo trazido do carro-conceito 20-Coeur, um pequeno conversível mostrado no Salão de Genebra de 1998. O pára-brisa é enorme, quase tanto quanto o da minivan 806, impondo um ângulo com o capô ainda mais suave que o do Palio. Mas não inova em aerodinâmica: coeficiente Cx de 0,33, igual ao do Palio e pouco melhor que o de 0,34 do Corsa.

Nos concorrentes as linhas são agradáveis, mas bem integradas à paisagem de nossas ruas e já incapazes de despertar suspiros. Vale uma menção ao bom efeito estético do Corsa GLS, com belas rodas de alumínio de 14 pol e soleiras na cor da carroceria, que rejuvenescem o modelo mais antigo aqui avaliado -- e o primeiro a receber reestilização, prevista para 2000. Continua

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