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Tempero esportivo

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Classe A ganha versão Avantgarde, com adereços
estéticos, e cativa pelo câmbio automático do Elegance

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Depois do motor 1,9-litro de 125 cv, em 2000, e da transmissão automática de cinco marchas, em 2001, a Mercedes-Benz dá um novo passo em busca de maior fatia do mercado para seu Classe A, o pequeno modelo monovolume lançado há três anos. A linha 2003 adiciona aos conhecidos A 160 e A 190 Classic e A 190 Elegance, este superior, o A 190 Avantgarde, que segue a denominação e o estilo da mesma versão de modelos maiores da marca.

As alterações são apenas estéticas. Por fora há rodas de novo desenho (com a mesma medida, inclusive de pneus), uma ponteira de escapamento cromada e bem visível (nos outros vem oculta) e lanternas traseiras com segmentos em tom fumê, em vez de incolor ou âmbar. A exemplo do Elegance, a grade vem sempre em prata, não acompanhando a cor da carroceria -- que oferece apenas duas cores, preto e prata. O resultado agrada, mas ficaria melhor com alguma identificação frontal e com as saias laterais na cor do carro.

Rodas exclusivas, painel de fundo claro: apenas detalhes de aparência são novos
no A 190 Avantgarde. Mas as qualidades habituais do pequeno Mercedes permanecem

O interior ganhou revestimento mais alegre nos bancos (ainda muito simples para o que se espera de um MB) e painel de instrumentos com fundo claro (preferimos o original preto) e iluminação alaranjada. O volante enfim pode ser ajustado em altura, por uma alavanca bastante dura nas unidades avaliadas, e o pára-brisa de toda a linha traz finalmente faixa degradê. O Avantgarde tem também dois recursos muito convenientes, antes exclusivos do Elegance automático: o Tempomat e o Speedtronic.

O primeiro é o controle automático de velocidade, conhecido erroneamente por muitos como "piloto automático". O segundo, exclusivo em carros nacionais, é um limitador de velocidade, facilmente ajustado por uma alavanca à esquerda do volante (logo acima da que comanda luzes de direção e limpador de pára-brisa, com a qual pode ser confundida). Não se trata de simples alarme: atingido o limite estabelecido (de 1 em 1 km/h, de 30 km/h até a velocidade máxima), o carro realmente não o ultrapassa, mesmo com o acelerador bastante pressionado. A exceção é quando se acelera a 100%, pois o sistema interpreta como emergência e desativa o limitador.

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Lanternas fumê e ponteira de escapamento também identificam a nova versão por
fora. Seu desempenho entusiasma, com o brilhante motor 1,9-litro de 125 cv

De resto, é o A 190 já avaliado há dois anos (saiba mais), apenas com novos faróis e lanternas, introduzidos no modelo 2002. Os faróis agora utilizam superfície complexa e incluem na mesma lâmpada o facho alto e o de neblina -- por isso os antigos três refletores por lado passaram a ser apenas dois. Mecanicamente, nada mudou: da altura da suspensão ao motor, tudo permanece. Mas o Avantgarde só pode ser adquirido com câmbio manual e embreagem convencional.

Dirigido na região de Florianópolis, SC, onde a linha 2003 foi apresentada à imprensa, o A 190 "esportivo" agradou. O brilhante motor 1,9-litro, com ótima distribuição de torque e funcionamento suave, a estabilidade surpreendente para um veículo tão alto, o câmbio muito leve e preciso, os ótimos freios e a tranqüilidade de contar com o controle de estabilidade (ESP) garantem um dirigir prazeroso. A nova ponteira deu ao escapamento um ronco leve e agradável, que convida a acelerar fundo através das marchas.

Controlador e limitador de velocidade agora coexistem com câmbio manual. Os
faróis de superfície complexa já equipam o Classe A desde o modelo 2002

Os pontos fracos são bastante conhecidos e alguns decorrem do próprio projeto, como a suspensão muito dura em pisos irregulares e lombadas -- suavizá-la poderia tornar o carro menos seguro, trazendo de volta os problemas que o levaram de volta à prancheta em 1997, na Europa. Mas a Mercedes já deveria ter adotado aqui os aprimoramentos que o modelo alemão recebeu em fevereiro de 2001 -- sem falar na versão de entreeixos longo, cuja produção envolveria grande investimento em ferramental. Continua

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Data de publicação deste artigo: 25/6/02

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