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Versão 1,0 do Fiesta Sedan revela bom desempenho,
mas deixa dúvidas sobre sua permanência no mercado

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Carros pequenos de três volumes, como Voyage e Prêmio, nunca fizeram sucesso no Brasil. O que mudou esse quadro foi o lançamento de versões de 1,0 litro, começando pelo Corsa Sedan e o Siena, em 1998: custando pouco mais que os hatchbacks correspondentes, ofereciam amplo porta-malas e o status de um carro maior, mesmo que o espaço interno não se alterasse.

Hoje os sedãs compactos são um sucesso. Mesmo a Ford, que não fabrica nenhum três-volumes no Brasil, decidiu representar-se pelo Fiesta Street Sedan trazido do México, em versões de 1,0 e 1,6 litro. Esta última apareceu no BCWS em comparativo com o Clio Sedan RT. Faltava analisar a opção de entrada, de 65 cv, oferecida a R$ 20 mil -- ou melhor, R$ 19.990. Pouco mais caro que o Siena Fire de apenas 55 cv (R$ 19,8 mil), custa menos que o Corsa Sedan Wind da linha antiga (60 cv, R$ 21 mil), o novo Corsa Sedan (71 cv, R$ 21,5 mil) e o Clio Sedan RL 16V (70 cv, R$ 21 mil).

A carroceria tem projeto antigo, mas a traseira lançada na Índia em 1999 é bastante atual e agradável. A distância entre eixos cresce 4 cm do hatch para o três-volumes, o que não ocorre em nenhum concorrente
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Baseado na geração lançada na Europa em 1989 (leia história), o Fiesta Sedan não arranca suspiros, mas o estilo da traseira recém-acrescentada -- o modelo três-volumes surgiu em 1999 na Índia, onde se chama Ikon -- é bastante agradável. O entreeixos 4 cm maior que no hatch contribui para o equilíbrio de linhas. Na versão 1,0 as rodas de aço recebem calotas e os pneus são 175/70-13, em vez de 175/65-14 com rodas de alumínio.

O interior é o mesmo da versão de 1,6 litro, ao contrário do que costuma ocorrer no segmento: revestimento sóbrio e adequado nos bancos, que poderiam ser mais amplos; um painel funcional, recuado diante do passageiro; ótimo volante; fundo branco nos instrumentos (que incluem conta-giros), solução que nem todos apreciam. A aparência geral não decepciona, apesar dos painéis de porta mais antiquados que os do hatch nacional.

Clique para ampliar a imagem Na versão 1,0-litro, o mesmo interior da 1,6: painel recuado diante do passageiro, instrumentos de fundo branco, um ótimo volante, acabamento adequado

A posição de dirigir é bem resolvida, embora um ajuste de altura do banco faça falta aos mais altos, pelo limitado espaço para a cabeça. Atrás o problema são as pernas, mais apertadas que na concorrência, em que pese o maior entreeixos. Dois desses passageiros dispõem de cintos de três pontos, mas não de encostos de cabeça, algo que todo automóvel deveria ter de série -- são obrigatórios pelo Código de Trânsito Brasileiro apenas para "novos projetos".

Estranham-se a chave específica para o tanque de combustível e a cobertura atrás do encosto traseiro muito alta, que prejudica a visibilidade. Alguns itens hoje comuns estão ausentes, como travamento das portas a distância, hodômetros digitais, pára-brisa com faixa degradê, luz interna temporizada e sistema de áudio já instalado -- é preciso montá-lo na concessionária. O porta-malas para 400 litros é dos menores da categoria (só ganha do Corsa antigo, por 10 litros), mas dá conta para uma família de quatro pessoas.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 20/7/02

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