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Como o brasileiro gosta

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Da transmissão ao acabamento, o Peugeot 307 chega
adaptado às preferências nacionais. E com virtudes

Texto: Bob Sharp - Edição: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A versão brasileira do Peugeot 307 -- produzida na França, mas importada de acordo com as preferências nacionais -- foi apresentada à imprensa, na plana região de Itu, cidade paulista distante 102 quilômetros a oeste da capital. Certamente houve mudanças em relação à versão européia (desde então à venda em outros países sul-americanos) que o BCWS avaliou em Punta Del Leste, no Uruguai, em outubro último (leia avaliação).

O motor 1,6 de 16 válvulas, o mesmo do 206 e do "primo" Citroën Xsara (as marcas são sócias no grupo PSA), permanece com 110 cv de potência, mas o torque máximo caiu bastante em função da gasolina nacional: de 15,3 para 14,7 m.kgf, ao mesmo regime de 4.000 rpm. Em relação ao vendido em outros países, o nosso perde 4 km/h na velocidade final e 0,3 s na aceleração de 0 a 100 km/h. O acelerador traz comando eletrônico.

Rodas de 15 pol somente, suspensão 3 cm mais alta, acabamento mais discreto: o 307 vem da França, mas atendendo ao gosto e às necessidades de uso do brasileiro
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As marchas foram encurtadas, como previmos, em nome do gosto do motorista brasileiro. Agora passou a ter cinco marchas plenas, a velocidade máxima sendo atingida em quinta. Com isso, há um ganho relativo nas retomadas, sem que se tenha o "trabalho" de reduzir para segunda, por exemplo, ao transpor lombadas, ou para quarta em certos aclives de estrada.

Em compensação, cruzar a 120 km/h representa praticamente 3.800 rpm, bem acima do desejável quando o objetivo é diminuir ruído e consumo (não divulgado, aliás). O Xsara de mesma mecânica gira a 3.430 rpm à mesma velocidade, sem se tornar lento nas retomadas -- talvez a medida se deva ao peso um tanto elevado do Peugeot, 1.268 kg. Para quem quiser mais desempenho, haverá no segundo semestre a opção de motor 2,0 16V de 135 cv (3 cv menos que no Citroën).

Clique para ampliar a imagem O câmbio bastante encurtado traz certa agilidade ao carro de 1.268 kg, mas o desempenho piorou em relação ao vendido no exterior, por conta da redução de 0,6 m.kgf no torque

Um pormenor que chama a atenção no 307 é a assistência de freio nas freadas de emergência, conhecido por BAS (brake assist system), inicialmente introduzida nos Mercedes-Benz como sofisticado sistema de controle eletrônico. No Peugeot foi adotada solução mecânica (do mesmo fornecedor, Bosch): a partir de determinado esforço no pedal, um segundo par de pistões no cilindro-mestre, concêntricos aos principais e menores em diâmetro, são os que prevalecem, desta forma ampliando a força hidráulica produzida. O "custo" é baixo: apenas um ligeiro aumento do curso do pedal. Continua

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Data de publicação deste artigo: 27/4/02

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