O motor V8 de 3.169 cm³, com bloco e cabeçotes de alumínio e comando de válvulas no bloco, tinha leve preparação se comparado ao usado na versão Super do sedã 502, também lançada em 1955. Com dois carburadores Solex Zenith de corpo duplo, desenvolvia a potência de 150 cv a 5.000 rpm (10 a mais que no sedã) e o torque máximo de 24 m.kgf a 4.000 rpm (aumento de 1,4 m.kgf), podendo passar a 160 cv como opcional. Embora o desempenho variasse com a relação escolhida para o eixo traseiro, era sempre muito bom, com aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 10 segundos e velocidade máxima acima de 200 km/h. O câmbio manual, único disponível, tinha quatro marchas e a tração — ou não seria um BMW — era traseira. |
O motor V8 de 3,2 litros do 502 Super, com potência elevada a 150 ou 160 cv, deixava o 507 bastante veloz: máxima de mais de 200 km/h |
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Embora o chassi tubular fosse derivado do usado no 503, o roadster
tinha 35 centímetros a menos entre os eixos, por não precisar de
espaço para um banco traseiro. Construída em alumínio de forma
artesanal, cada carroceria terminava com uma forma um pouco diferente
das outras. Com isso, a capota rígida removível oferecida como opção
dificilmente serviria em dois veículos. Sem esse opcional, podia-se
usar o teto de lona de acionamento manual ou uma cobertura à altura do
painel, que deixava apenas o banco do motorista à mostra. O 507 usava
suspensão dianteira independente por
braços sobrepostos e eixo rígido na traseira, sempre com barras de
torção. |
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No interior de apenas dois lugares, volante de quatro raios, dois arcos para comando de buzina e painel com grandes instrumentos |
Apesar das belas formas e da sofisticação técnica, o 507 ficou longe
do êxito que Hoffman e a BMW esperavam, em parte pelo preço muito
acima do previsto. O importador idealizava vender nos EUA 5.000
unidades ao valor unitário de US$ 5.000, mas os custos de produção
impulsionaram o preço a US$ 9.000 e depois US$ 10.500 — pouco menos
que o do Mercedes "Gull Wing". Resultado: apenas 252 carros foram
fabricados até 1960 e a empresa nunca recuperou o investimento feito.
Pior que isso, entrou em grave crise financeira e chegou à beira da
falência, sendo salva pela injeção de dinheiro do industrial Herbert
Quandt e pelo sucesso de modelos populares, como o
700, o
Isetta e mais tarde a série
Nova Classe. Talvez receosa de
repetir o desastre, a BMW levou quase 30 anos para recolocar no
mercado um roadster — o pequeno Z1. |
As rodas com "cubo rápido" eram um apreciado opcional; apesar de ter vendido pouco e posto a BMW em crise, o 507 ainda é lembrado como um de seus carros mais belos |
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A própria BMW, recuperada da crise em que o 507 ajudou-a a entrar, usou o belo roadster como inspiração para o carro-conceito Z07, apresentado no Salão de Tóquio de 1997 e que resultou no modelo de série Z8. Da posição das grades dianteiras à linha de cintura, passando pelas saídas de ar nos pára-lamas e o pára-brisa quase vertical, o novo roadster não deixava dúvidas da origem de suas linhas elegantes. |
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