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Uma versão de 1,9 litro — chamada comercialmente de 2.0 Liter — e 45 cv seria oferecida mais tarde, em 1938 e 1939. Já o Junior, apresentado em 1934, era menor (4,25 m), mais leve (entre 800 e 920 kg) e tinha motor de 1,0 litro com 25 ou 28 cv, conforme a versão. Esses modelos de quatro cilindros em linha tiveram bons resultados no mercado, levando a empresa ao terceiro lugar em vendas, atrás apenas da Opel e da Auto Union.

A Adler também produziu nesse período automóveis maiores e mais luxuosos, que mantinham a tração traseira. O Favorit lançado em 1929 usava motor de quatro cilindros, 2,0 litros e 35 cv. O Diplomat, colocado no mercado em 1934, media de 4,90 a 5,05 m de comprimento e de 3,20 a 3,35 m entre eixos; pesava a partir de 1.700 kg. Com seis cilindros em linha, 2,9 litros e 65 cv, chegava a 115 km/h e oferecia carrocerias sedã e conversível, ambas feitas pela Karmann.

O último Adler a chegar ao mercado foi também o mais avançado carro alemão de seu tempo: o 2.5 Liter de 1937. O desenho moderno e aerodinâmico, obra do austríaco Karl Jenschke, mostrava inspiração no checo Tatra T77 e no americano Chrysler Airflow, ambos de 1934. Exibia uma grade inclinada de frisos verticais, linha de cintura descendente na traseira, pára-lamas salientes e pára-brisa bipartido. Havia carrocerias sedã de quatro portas, cupê (chamado de Sport-Limousine) e os conversíveis Karmann de duas e quatro portas, sempre com as dianteiras “suicidas” (abriam-se para trás).

De estilo tradicional, o Diplomat media até 5,05 metros e usava carroceria Karmann

Era um carro amplo, com 4,63 metros, e o sedã oferecia espaço suficiente para seis pessoas nos bancos inteiriços — contribuía a suspensão dianteira independente e compacta, que permitia uma posição mais avançada do motor. A traseira era também independente, por semi-eixos oscilantes, mesmo conceito do Volkswagen. Nos conversíveis o número de lugares seguia o de portas.

Com apenas 58 cv a 3.800 rpm no motor de seis cilindros e 2,5 litros, diante do peso expressivo (1.310 kg), acelerava com discrição, mas chegava à velocidade máxima de 125 km/h e podia manter mais de 110 km/h por longo tempo nas autobahnen — as auto-estradas sem limite de velocidade, que começavam a ser construídas. Não por acaso, o carro foi apelidado de Autobahn-Adler. A versão Sport de 1938 elevou o desempenho para 150 km/h, graças à potência de 80 cv associada à baixa resistência ao ar. O 2.5 teve, porém, vendas modestas com seu elevado preço em um tempo de recessão econômica.

Também em 1937 era concluído o projeto do Rennlimousine, ou sedã de competição, um cupê com linhas aerodinâmicas, motor de 1,5 litro e tração dianteira. Pilotado por Otto Lohr e Count Paul Von Gilleaume, venceu em sua categoria na prova francesa 24 Horas de Le Mans e foi sétimo colocado na classificação geral. Apenas três foram construídos.

A linhagem de automóveis da Adler foi encerrada com o advento da Segunda Guerra Mundial, em 1939, depois de 210 mil unidades. Após o conflito a produção de motocicletas foi retomada, em 1949, e prosseguiu por oito anos. Como espólio de guerra, os projetos de motos da empresa foram cedidos aos ingleses, que os usaram nas marcas BSA e Ariel. Focada em equipamentos de escritório, associou-se à Triumph e em 1957 passou às mãos da Grundig, empresa mais tarde absorvida pela Olivetti. Hoje a Adler é uma construtora civil, sem qualquer ligação com veículos.