Em outubro de 1949 chegava uma versão diferente do 203, o Berline Decouvrable ou sedã que podia ser descoberto. Conservava as quatro portas com molduras nas janelas, mas tinha teto de lona rebatível. Muito charmosa e original, agradou bastante. Desde o início do projeto, o objetivo da marca era fazer uma gama completa na linha. E assim se fez com o lançamento em 1950 da perua, em duas versões. A denominada Familiale tinha o mesmo acabamento do sedã. A outra era a Commerciale, muito rústica, sem grade ou pára-choques cromados. Estava longe de ser um primor em estilo, mas era extremamente prática. |
A primeira variação do 203: o Berline Decouvrable, um sedã com teto de lona rebatível |
Sua capacidade de carga era de 450 kg e a porta traseira podia ser
retirada para a entrada de maiores volumes. Para melhorar o
comportamento, recebia pneus na medida 185-400. Junto dela chegavam
o picape com capota de lona e o furgão com traseira em chapa. Todos
mediam 4,53 metros de comprimento e tinham maior entreeixos, de 2,78
m. Mantinham a mecânica do sedã, mas eram mais pesados e por isso
seu desempenho era algo inferior. Um concorrente de peso da perua
era o Citroën Traction C. |
Depois da perua, em versões comercial e de passageiros, a linha crescia mais com os modelos mais elegantes: o cupê e o conversível, de mesma mecânica do sedã |
Preparadores dedicados à marca modificaram o cupê para competições.
O primeiro foi Alex Constantin, que dotou o motor de
compressor e foi competir ns 24
Horas de Le Mans de 1952. Não teve sucesso, pois sofreu um acidente,
mas a empresa gostou da tentativa. O mesmo homem se juntou a Aunaud
Enhardi e, em 1953, ficaram à frente do Renault 4CV na competição.
Foi também para a Mille Miglia italiana e para os ralis africanos,
onde fez muito sucesso. |
O painel de instrumentos central dava lugar em 1953 a este, montado à frente do motorista, que contava com relativo conforto e um grande volante típico da época |
No Salão de Paris de 1955 era apresentado o Peugeot 403, bem mais moderno que seu irmão da década anterior. A empresa dava prioridade a ele, deixando o 203 algo ofuscado. Em 1957 a linha já não contava com o picape e as peruas. O sedã continuava firme, um pouco mais atual com novas rodas e pneus e sem as charmosas "bananinhas", pois as luzes de direção abaixo dos faróis tomavam sua função. A bela carreira do 203 terminava em fevereiro de 1960, depois de 658 mil produzidos. Sem dúvida foi o modelo que reergueu a marca do leão nos difíceis tempos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. |
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