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Refinamento turinense

O Flaminia, da Lancia, esbanjava elegância e deu origem
a três belos cupês feitos por pequenos construtores

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A empresa fundada por Vincenzo Lancia sempre se distinguiu por seus automóveis diferentes, inovadores em tecnologia, e pela qualidade de fabricação. Nomes como Lambda, Astura, Augusta e Aprilia são lembrados como referência. O primeiro modelo da empresa foi o Alpha, apresentado no Salão de Turim em 1908. No período da Primeira Guerra Mundial dedicou-se mais a fabricação de caminhões. Logo depois, em 1919, vinha o Kappa e em 1922 o revolucionário Lambda. Em 1937 era a vez do também inovador Aprilia.

Após a Segunda Guerra Mundial, os modelos Aprilia e Ardea continuavam em produção. Em 1950, no Salão de Turim, era apresentado o belo Aurelia. O objetivo principal deste carro com tendências esportivas era amealhar compradores de Alfa Romeo — só muito tempo depois, a Lancia em 1969 e a Alfa em 1986, as marcas seriam incorporadas ao mesmo grupo Fiat. Cinco anos mais tarde, no mesmo evento, conhecia-se o resultado do projeto Florida, desenhado por Pininfarina. O belo cupê tinha linhas arrojadas e muito modernas.

O grande sedã de 4,85 metros usava um recurso interessante de estilo: teto, colunas traseiras e tampa do porta-malas vinham sempre em preto

Um ano depois aparecia um modelo conceito de quatro portas, sem coluna central, com base no primeiro. As portas traseiras eram do tipo suicida e o acesso a bordo era muito bom. Com amplo espaço interno, exibia luxo à altura de notáveis marcas inglesas e alemãs. Em 1957 entrava em produção o sedã Flaminia. Como era tradição da empresa, o nome era homenagem a uma antiga estrada romana: a Via Flaminia, que ligava Roma a Ariminum, cidade hoje chamada de Rimini. Sua pintura era bicolor, sendo que o teto, as colunas traseiras e a tampa do porta-malas eram sempre pretos. No mínimo original. Também criativos eram os limpadores do vidro traseiro, inéditos em um sedã de produção em série.

Era um carro grande para os padrões europeus e acomodava cinco pessoas com conforto. Media 4,85 metros de comprimento, 1,75 m de largura, 1,48 m de altura e 2,87 m de distância entre eixos. Seu peso era de 1.480 kg. Algumas mudanças no modelo de série se tornaram obrigatórias devido a custos de produção. A carroceria em aço estampado estava apoiada num chassi tubular, também em aço. Havia neste a coluna central e as portas tinham abertura convencional. Estava mais comportado, mas mantinha a elegância.

O mais tradicional dos três cupês não era menos charmoso: o Coach de Pininfarina, com linhas baseadas nas do sedã e menor entreeixos

A grade dianteira era retangular, com frisos finos verticais e horizontais. No centro o escudo da marca fazia a identificação. Sobre o capô havia uma discreta entrada de ar. Os faróis principais eram circulares e os pára-choques, com protetores, eram cromados. No interior, o painel era refinado e muito bem-acabado. Com desenho simples, acomodava dois mostradores circulares (conta-giros e velocímetro) e dentro deles três outros instrumentos. Os bancos dianteiros tinham assento inteiriço e encostos separados e reclináveis. Continua

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Data de publicação: 6/3/07

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