A tração em evidência
Em um tempo em que 4x4 era
coisa de jipe, o pequeno Subaru |
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Até
o início da década de 1970, nos principais mercados do mundo, optar por
um veículo de passageiros com tração nas quatro rodas significava quase
sempre escolher um grande utilitário — segmento que ainda engatinhava
com modelos como Jeep Wagoneer
e Range Rover. Quem morasse em
regiões de inverno rigoroso, com neve, ou trafegasse em caminhos mais
difíceis vez ou outra não tinha à disposição um automóvel propriamente
dito com tração integral. Até que os japoneses da Subaru resolveram
ousar. |
Com quatro metros de comprimento e linhas que lembram as de nosso Corcel, o Leone oferecia tração dianteira ou integral e motores de 1,1 e 1,4 litro nos primeiros anos |
Compactos, os carros mediam em torno de quatro metros de comprimento,
1,5 m de largura, 1,35 a 1,46 m de altura (o mais baixo era o cupê, e
o mais alto, a perua) e 2,45 m de distância entre eixos. O cupê pesava
apenas 760 kg. Os motores de quatro cilindros seguiam a disposição
boxer, de cilindros opostos, ainda
hoje uma característica da Subaru. Com comando de válvulas no bloco,
alimentação com carburador e cilindrada de 1.088 cm³, o menor deles
desenvolvia a potência de 53 cv a 6.000 rpm. O outro, com 1.361 cm³,
vinha em duas versões: 69 cv, com carburador de corpo único, e 80 cv,
com carburador duplo, esta suficiente para a velocidade máxima de 160
km/h. |
A nova frente, com quatro faróis em algumas versões, era adotada em 1978 também na perua, cuja capacidade de tração era ideal para o inverno rigoroso e os terrenos difíceis |
O Leone operava com tração dianteira até que o motorista, por um comando junto à alavanca de câmbio, engatasse o sistema para as rodas traseiras. Ganhava então uma capacidade motriz desconhecida em automóveis, que se tornou muito apreciada no uso em pisos de baixa aderência. Muitos o consideravam ideal para atividades de lazer, nas quais dava a tranqüilidade de ir e voltar, com mais conforto que um jipe e menor consumo que um grande utilitário. Não demorou a se tornar o carro de passageiros com tração integral mais vendido no mundo — segmento que demoraria anos para crescer, com modelos como o AMC Eagle e os Audis com tração Quattro. Continua |
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