Em agosto de 1967 começava a produção do 510, em versões sedã quatro-portas e perua, seguidas pelo sedã duas-portas e, no ano seguinte, o cupê. Eram carros pequenos para o padrão local, com 4,06 a 4,14 metros de comprimento, conforme a carroceria, e 2,42 m de distância entre eixos. O peso variava de 925 a 990 kg. Na perua, para maior robustez no transporte de carga, a suspensão traseira recorria ao velho eixo rígido com feixes de molas semi-elíticas. Desde a versão básica vinham câmbio manual de quatro marchas (um automático de três era opcional), freios dianteiros a disco e pneus 5,60-13, que podiam dar lugar a radiais 165 R 14. Outros opcionais eram conta-giros, rádio, console e calotas. |
Com suspensão traseira independente e uma versão esportiva de 109 cv, o Datsun 510 chamou a atenção em meio ao cenário de carros "musculosos", mas de comportamento ruim |
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Havia um motor de 1,3 litro e 77 cv na versão de entrada, mas o
destaque era o 1,6, que fornecia potência de 96 cv a 5.600 rpm e
torque máximo de 13,8 m.kgf a 3.600 rpm, com um carburador Hitachi de
corpo duplo e cabeçote de alumínio. Em 1968 era acrescida a versão SSS
cupê, com dois carburadores SU e comando de válvulas mais "bravo" no
1,6, para render 109 cv. Tão logo desembarcou nos EUA, o carro
provocou euforia em Mister K, que disse ser exatamente aquilo de que
ele precisava. O presidente fez com que funcionários de variados
escalões dirigissem a novidade para que soubessem que havia ali algo
diferente do usual. |
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Na
publicidade, o destaque aos equipamentos de série (o preço de US$
1.990, tanto "pelado"
Por seu notável comportamento dinâmico, o carro ganhou o apelido de
"BMW dos pobres". E logo despertou a atenção de pessoas como Bob
Bondurant, dono de uma escola de pilotagem, a quem o presidente
Katayama cedeu um 510 e dois roadsters. O sedã japonês conquistava
assim novos admiradores, enquanto surpreendia pela robustez com que
passava por mãos nem sempre hábeis. Em 1969 a Nissan inaugurava um
departamento de competições e passava a apoiar equipes — Brock Racing Enterprises na Costa
Oeste, Bob Sharp Racing na Leste — para correr com
o 510, o roadster e o novo
240Z. |
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Os carros da equipe BRE, que corriam com o apoio da Nissan: 150 cv no motor 1,8 e a vitória na Trans Am em 1971 e 1972 |
O
carro também brilhou em ralis: venceu em sua classe o difícil Safári
no leste da África em 1970, com os pilotos Jamil Din e Maksood Minhas,
e um ano depois com Edgar Herrmann e Hans Schuller. Numerosas receitas
de preparação tomavam as páginas das revistas, aproveitando o fato de
que muitos sistemas (motor, câmbio, elementos de suspensão) podiam ser
trocados com facilidade pelos de outros Datsuns, como o roadster 2000
e o 240Z. Nas ruas, o modelo 1970 ganhava novo painel com instrumentos
circulares, encostos de cabeça dianteiros e outras melhorias internas.
Os motores cresciam: o 1,3 passava a 1,4 e estreava o 510 Super Sport,
um cupê de 1,8 litro. |
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