Outras opções apareciam sob o capô nos anos seguintes. Em 1980 chegava o motor a diesel de 1.714 cm³ e 58 cv, tomado emprestado do Fiat 132. Um ano depois, com o sobrenome Super, o Ritmo ganhava 10 cv nas versões 1,3 e 1,5, graças ao carburador de corpo duplo, ao mesmo tempo em que surgia o esportivo 105 TC. Com 1.585 cm³ e duplo comando de válvulas, o motor cedido pelo 131 desenvolvia 105 cv (razão de sua denominação) a 6.100 rpm e torque máximo de 13,3 m.kgf, o que o deixava bem mais interessante. O conjunto incluía câmbio de cinco marchas, faróis de neblina, defletores dianteiro e traseiro (este abaixo do vidro, como chegou a existir em nosso Spazio), saias laterais, bancos com revestimento em preto e vermelho, volante com três raios metálicos e grafia dos instrumentos em vermelho.

Com muitos adereços de estilo e de acabamento interno, o 105 TC justificava sua aparência no desempenho: o motor 1,6 de duplo comando fornecia 105 cv a 6.100 rpm

Era bom, mas ficaria melhor: em 1982 chegava o Abarth 125 TC, com 1.995 cm³ e duplo comando, em um propulsor similar ao que veríamos no Tempra. Com 125 cv e 17,1 m.kgf para um peso contido de 980 kg, recebia suspensão e câmbio redimensionados, pneus 185/60-14 e freios dianteiros a disco ventilado. No ano seguinte estreava o conversível Bertone Cabrio, elaborado pelo estúdio de estilo italiano. Com uma barra estrutural e capota de lona, mostrava linhas até atraentes, mas teve vida curta — só dois anos.

Uma reforma de estilo era inserida em toda a linha em 1983, deixando o Ritmo mais convencional. Quatro faróis circulares ficavam dentro da grade preta, que trazia no centro as cinco barras inclinadas, nova identificação da marca. Na traseira as lanternas horizontais ficavam maiores e separadas do pára-choque. No interior, o quadro de instrumentos estava bem alongado e chegava a ter sete mostradores. A versão esportiva mais potente era agora a Abarth 130 TC, com mais 5 cv no 2,0-litros, velocidade máxima na faixa de 190 km/h, defletor no final do teto e bancos Recaro com fartos apoios laterais.

Bertone Cabrio: a versão conversível do Ritmo, elaborada e produzida pelo estúdio italiano, conseguia deixar suas formas mais agradáveis

Também nesse ano a Fiat lançava o Regata (veja foto), um três-volumes derivado do Ritmo, com a mesma distância entre eixos e comprimento aumentado para 4,26 metros. Substituía o envelhecido 131 Mirafiori, com motores 1,3 de 68 cv, 1,5 de 82 cv, 1,6 de 100 cv (gasolina), 1,7 de 58 cv e 1,9 de 80 cv (diesel). O 1,6, que usava injeção eletrônica, logo era oferecido também no Ritmo. Em 1984 surgia a perua Regata Weekend, com ampla capacidade de bagagem e altura de 1,45 m, embora com entreeixos e comprimento iguais aos do sedã. Seu peso ficava entre 980 e 1.110 kg, contra 940 a 1.040 kg do automóvel. Ambos seriam feitos também na Argentina.

Dois anos mais tarde, o Ritmo a diesel recebia um motor de 1.929 cm³ e 80 cv. Sem grandes alterações desde então, foi produzido na Itália até 1988, quando chegou seu sucessor Tipo, inspirado na fórmula de sucesso do Uno. Acumulou 1,8 milhão de unidades, que vão a 1,97 milhão se somado o Regata.

Em 1983 o Ritmo ficava mais tradicional, com quatro faróis circulares e grandes lanternas traseiras; o 105 TC e o mais potente 130 TC tinham bancos Recaro

Os espanhóis também fabricaram o modelo: de 1979 a 1982 foi feito sob licença o Seat Ritmo. Quando a autorização da Fiat expirou, a empresa mudou o nome para Ronda e fez algumas alterações de estilo, o que lhe deu mais quatro anos de vida. Para convencer a opinião pública de que o carro tinha elementos suficientes da própria Seat, uma unidade preta foi mostrada à imprensa com as peças desenvolvidas pelos espanhóis em amarelo. Até uma versão de cinco portas (o Málaga), inexistente na Itália, foi criada, mas a absorção da Seat pelo grupo Volkswagen levou ao rápido encerramento dos produtos gerados sob licença da Fiat.

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