Alternativa elegante

Com bom desempenho e linhas atraentes, o Triumph GT6
ofereceu mais conforto aos que apreciavam o Spitfire

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Admiradores de automóveis britânicos sempre gostaram de esportivos, em especial os roadsters. Os ingleses foram especialistas em carros atraentes e de bom desempenho, com ou sem capota. A Triumph foi um fabricante de esportivos e também de sedãs interessantes. Os modelos da família TR2/TR3 e o Spitfire agradaram a europeus e a americanos com seus motores alegres, baixo peso e comportamento dinâmico divertido.

Na década de 1960 a empresa tinha uma gama quase completa: começava pelo Herald, passando pelo modelo 1300, o Spitfire Mk II, o Vitesse, o também esportivo TR4 e o sedã topo-de-linha 2000. Mas faltava um cupê fechado, com maior proteção contra as intempéries e o clima frio, apesar de haver uma opção hardtop para o Spitfire. Em outubro de 1966 era apresentado um modelo nessa configuração, um cupê 2+2, baseado nesse roadster. Chamava-se GT6. A intenção da Triumph parece ter sido antecipada, dois anos antes, por quatro Spitfires preparados para competição, que recebiam uma carroceria fechada. Chegaram a correr em Le Mans, na França, e os motores de seis cilindros e 2,0 litros forneciam potência de 175 cv.

Do ressalto no capô às curvas dos pára-lamas traseiros, o desenho do GT6 era bastante feliz, em nada parecendo uma adaptação sobre um conversível existente

O GT6 era um atraente três-portas com formato fastback, 3,85 metros de comprimento e apenas 1,19 m de altura. Na frente havia uma grade retangular com frisos cromados horizontais e, ladeando, dois faróis circulares. Bonito e esportivo era o ressalto central sobre o longo capô. Abaixo dos faróis principais havia pequenos sinalizadores de direção circulares e o pára-choques cromado. O capô fazia conjunto com os pára-lamas, formando uma só peça, e tinha abertura contra o vento.

Visto de lado, seu perfil era muito agradável. O pequeno vidro lateral traseiro em forma de trapézio ajudava na visibilidade. Atrás, ao contrário de outros GTs concorrentes, a terceira porta levava junto o vidro e servia para a introdução de pequenas bagagens e acesso ao estepe. Em curva e alinhada com o resto da carroceria, a traseira ainda abrigava o bocal do tanque e pequenas lanternas.

Bancos amplos, painel bem-equipado, alavanca de câmbio próxima do volante e a conveniente proteção das intempéries: um interior típico de carro esporte

Por baixo do belo capô, o GT6 abrigava o mesmo motor do Vitesse e do 2000, com seis cilindros em linha, 1.998 cm³, potência de 95 cv a 5.000 rpm e torque máximo de 16,2 m.kgf a 3.000 rpm. Tinha bloco e cabeçote em ferro fundido, comando de válvulas no bloco e era alimentado por dois carburadores Zenith. Velocidade máxima de 175 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 12 segundos indicavam bom desempenho para sua categoria. Contava com caixa de quatro marchas, sendo que as duas últimas podiam receber sobremarcha como opcional, e a tração era traseira. Os freios dianteiros usavam discos Girling, e os traseiros, tambores. Continua

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Data de publicação: 14/2/06

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