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Competência em roadsters

A britânica Triumph foi bem-sucedida em sua
especialidade: os conversíveis esporte TR2 e TR3

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Após a Segunda Guerra Mundial, pouco a pouco a Europa ia se reconstruindo e a prosperidade voltando. Na Inglaterra um pequeno e simpático roadster fazia muito sucesso. Era o MG TD, que também fora da ilha conquistava jovens, tanto no resto da Europa como também nos Estados Unidos. Porém já apresentava linhas antiquadas. Em outra faixa de preço e categoria, outro inglês também fazia muito sucesso: o Jaguar XK 120.

Pouco antes destes dois fenômenos fazerem sucesso, um famoso industrial, Sir John Black, dono da Standard, comprou a fábrica da Triumph e deu novo impulso a ela. Observando o mercado que ambos os carros esporte britânicos ocupavam nos Estados Unidos, deu início a um ambicioso projeto: construir um roadster para ocupar uma lacuna entre eles.

O TR2: linhas simples e clássicas, motor de 2,0 litros e 90 cv, a sensação única de um roadster. No alto, um modelo TR3 A

Para construir um automóvel viável e de preço competitivo, aproveitou várias peças já existentes na fábrica. Eram chassis de um modelo de 1939, suspensão do sedã Mayflower e motor do Standard Vanguard, que era derivado de um trator Ferguson — um esportivo com motor de trator! No Salão de Earl Court, em Londres, no ano de 1952, desenhado por Walter Belgrove, era apresentado o roadster 20TS ou TR1, como ficaria conhecido.

Em testes, porém, mostrou-se um carro muito instável e não demorou a receber reforços em sua estrutura. A traseira foi redesenhada e o estepe mudou para lá, ficando dentro do pequeno porta-malas que já abrigava a capota de lona dobrada. Também mudou de designação e passou a TR2, sendo apresentado no Salão de Genebra, na Suíça, no ano seguinte. Pouco antes havia sido testado numa pista na Bélgica e, ainda um protótipo, mostrou-se muito veloz, atingindo 200 km/h.

O TR3 trazia novidades como o pequeno banco traseiro e mais 5 cv para o motor. Estes Triumphs colocavam-se no mercado entre o pequeno MG e o caro Jaguar XK 120

O modelo de série entrou em produção em agosto de 1953. Confiável, tinha um motor dianteiro de quatro cilindros, 1.991 cm3 e 90 cv de potência. Sua velocidade final era de 166 km/h e atingia os primeiros 100 km/h em 12,5 segundos. Não era tão rápido e veloz quanto o felino XK, mas deixava longe o pequeno MG e era páreo para o Austin-Healey 100. O câmbio tinha quatro marchas, sendo que a primeira não era sincronizada, e a tração era traseira.

O modelo tinha linhas curvas e aerodinâmicas. Na frente, enormes faróis circulares e uma grade recuada para dentro do capô, em trapézio invertido, que também não passava desapercebida. O pára-brisa inclinado era basculante. Os dois ocupantes se sentiam num verdadeiro roadster. Tinha 4,22 metros de comprimento e pesava 1.140 kg. Continua

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Data de publicação: 24/6/03

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