Para o modelo final a Mercedes usou como base a carroceria do modelo 230 de seis cilindros, que oferecia cinco versões: Saloon, um sedã de cinco lugares; Pullman Limousine, para até sete pessoas em três fileiras de assentos; Landaulet, semelhante ao Pullman, mas com a seção traseira do teto rebatível e uma separação atrás do banco dianteiro; Cabriolet B, um conversível com duas portas e cinco lugares; e Cabriolet D, também para cinco pessoas, mas com quatro portas.

Como se espera de um carro pesado (1.530 kg) de 45 cv, o desempenho era bastante modesto: a velocidade máxima ficava em 95 km/h. No material de apresentação do carro, porém, a Mercedes justificava que a média dos automóveis em uso rodoviário ficava abaixo dessa marca e afirmava que sua velocidade de cruzeiro era de 90 km/h, o que o habilitava a andar junto dos modelos a gasolina no fluxo de trânsito. Desde então, seu ponto mais positivo era o consumo: alcançava a média de 10,5 km/l, contra 7,6 km/l de seu equivalente a gasolina.


Da ampla oferta de versões do 260 D, duas eram conversíveis: os Cabriolets B de duas portas, em cima, e D de quatro portas, embaixo, ambos de cinco lugares

Como todo Mercedes já na época, o 260 D era tecnicamente sofisticado. Tinha suspensão independente nas quatro rodas, com duas molas semi-elíticas paralelas na dianteira e molas helicoidais na traseira, e freios a tambor com comando hidráulico, "mesmo tipo dos modelos de competição", como destacava a empresa. O câmbio, inicialmente de três marchas, dava lugar já em 1937 a um de quatro velocidades, todas sincronizadas. Os pneus eram 6,00-16, passando a 6,50-16 nas versões de sete lugares.

Também não economizava em conforto e conveniência. Todas as versões possuíam dois estepes, acendedor de cigarros e uma cortina no vidro traseiro acionada pelo motorista. Teto solar e malas que se encaixavam sob medida no porta-malas, na traseira, eram opcionais. Já o desenho da carroceria apenas seguia os padrões de estilo da época, sem apostar em soluções ousadas que pudessem contrariar os clientes mais conservadores.

O Saloon, em cima, era o sedã para cinco pessoas; abaixo dele o Landaulet de sete lugares, similar ao Pullman Limousine (da página anterior), mas com a seção traseira da cabine conversível

A Mercedes produziu 1.967 unidades do 260 D até que, com a Segunda Guerra Mundial, a produção fosse encerrada em 1940, para a empresa se destinar a aplicações militares. Após o conflito sua fabricação não foi retomada, mas o motor a diesel continuou a ganhar força, começando pelo compacto 170 D de 1949 e prosseguindo pelo 180 D da série Ponton. Em 1965 a marca já acumulava meio milhão de carros a diesel produzidos.

Por ocasião do lançamento nos Estados Unidos do 300 SD da série W116, em 1978, a marca propôs a "grande caça ao diesel" para descobrir quais seus automóveis mais longevos com esse tipo de motor. O mais antigo foi um 260 D de 1938, em Chicago, que somava apenas 135 mil quilômetros. O carro mais rodado foi um 180 D 1957 de Olympia, Washington, com 1,9 milhão de km, uma prova inconteste da resistência desses motores em que a marca da estrela foi pioneira.

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