Em 1954 o Amiral estava mais potente: passava a ter 64 cv e velocidade final de 135 km/h. Um ano depois chegava a versão Grand Pavois, que trazia pintura em duas cores. Embaixo do capô estava o novo motor Etandart, com a mesma cilindrada, 77 cv a 4.000 rpm e torque máximo de 16,7 m.kgf a 2.200 rpm. A velocidade final passava a 140 km/h. Apesar do desempenho apenas razoável, tinha a reputação de ser sólido.

As linhas sóbrias do Frégate tornavam-se antiquadas diante do novo concorrente em 1955, o Citroën DS, mas permaneciam agradando ao público menos ousado

Também chegava para completar a linha a perua Domaine. Prática era a abertura da porta traseira, dividida em duas partes. E, com o banco traseiro abaixado, esbanjava espaço. Tinha o mesmo comprimento do sedã. A concorrência estava se fortalecendo: a Peugeot lançava o modelo 403, e a Citroën, o ultramoderno DS. Em 1956 era apresentado, em único exemplar, um cupê interessantíssimo: o Frégate Coupé Louis Rosier.

O nome vinha do piloto francês que tinha uma das mais importantes concessionárias da marca em Clermond-Ferrand. O estilista italiano Motto fez uma carroceria toda em alumínio sobre um chassi tubular. Suas linhas eram aerodinâmicas e atraentes. Na frente tinha quatro faróis circulares e grade oblonga. Bonitas também eram as rodas raiadas de cubo rápido. Mantinha o motor, mas com carburador de corpo duplo e 88 cv.

O convencional sedã nunca teve grande desempenho, mas serviu de base para um cupê esporte com motor de 88 cv

O esportivo media 3,98 metros de comprimento, pesava 920 kg e chegava a 155 km/h. Seu painel tinha desenho exclusivo, o volante esportivo usava aro de madeira e raios em alumínio. O câmbio trazia a alavanca no assoalho e para os dois ocupantes havia bancos com desenho esportivo. Interessantíssimo era um instrumento da marca Veglia que permitia calcular médias horárias, no qual se podia descontar as paradas.

Em 1957 aparecia, para o sedã, o câmbio de quatro marchas totalmente sincronizado e com a quarta marcha direta. Também nesse ano chegava mais um concorrente para incomodar: o Simca Vedette, muito próximo a nosso Chambord. No ano seguinte a empresa de carrocerias Chapron apresentava um belo cupê conversível, que foi fabricado artesanalmente. Também muito elegante, com a carroceria em dois tons, estava próximo ao modelo de série.

A perua Manoir, lançada já no fim da carreira do Frégate, trazia acabamento mais requintado e a opção de um câmbio semi-automático

Chegava ao mesmo tempo a perua Manoir, que tinha acabamento mais luxuoso que a comum. E vinha com a novidade de uma caixa semi-automática com conversor de torque. Foram produzidas 180 mil unidades do Frégate até 1960. A empresa preferiu comercializar os automóveis americanos Rambler em seu lugar.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade