Transportava dois adultos com conforto na frente. Seus bancos com reclinação progressiva eram confortáveis. Atrás iam crianças eventualmente, já que os assentos eram curtos e duros. Mas eram rebatíveis, o que aumentava o espaço, já curto, para bagagens. Definitivamente não era um carro para a família, mas vinha muito bem-equipado. O painel tinha desenho com linhas curvas e rádio de série; o volante mostrava três raios de alumínio. Seus principais concorrentes eram o conterrâneo Renault Floride, o italiano Fiat 850, o Volkswagen Karmann-Ghia e o também alemão NSU Prinz Sport.

Volante com três raios de alumínio, painel com conta-giros, bancos reclináveis: o interior esperado de um pequeno esportivo

Ficou durante alguns anos sem mudanças notáveis, mas a boa nova veio em 1968, com o lançamento da versão 1200 S. Por fora o capô estava mais proeminente e recebia uma falsa grade preta, que lhe dava imponência. Nesta estavam embutidos dois faróis circulares de longo alcance. Sobre o capô também tinha entradas de ar, pretas, para ajudar na refrigeração interna; atrás ganhava lanternas maiores. Dispunha de três novas cores metálicas, rodas de alumínio e revestimento dos bancos em couro opcional.

O motor estava mais valente: com 1.204 cm³, contava com 80 cv a 6.000 rpm e o torque máximo de 10,5 m.kgf era atingido a altas 4.500 rpm. A velocidade final passava para ótimos 175 km/h — era o mesmo propulsor do irmão Rallye 2 de quatro portas. O painel, com fundo imitando madeira, trazia velocímetro com graduação de 200 km/h, conta-giros eletrônico, marcador de pressão de óleo, voltímetro e relógio. O volante tinha três raios de alumínio e aro de madeira, com desenho esportivo. A alavanca de marchas estava bem posicionada e recebia pomo também de madeira. Todos os comandos ficavam bem à mão.

O modelo 1200 de 1971 contava com motor bem mais potente, de 1,2 litro e 80 cv, e trazia uma falsa grade preta na frente, notada na foto de abertura deste artigo

Os quatro freios a disco, da marca Dunlop, eram uma segurança bem-vinda. Nesta versão mais vitaminada usava pneus Michelin 145 SR 13, que mudavam para 155 SR 13 no caso de rodas de alumínio. A estabilidade era boa e no limite, em curvas mais fechadas, saía de traseira. Esta tendência, rara em carros franceses na época, tinha adeptos entre os mais habilidosos, que achavam muito divertido. Com estas características já encarava os franceses Alpine A110 e Matra 530, o japonês Honda S800 e os italianos Fiat 124 Sport e Lancia Fulvia HF 1300 cupê.

Em 1969 o motor ganhava mais 5 cv, deixando o 1200 S um pouco mais esperto. E dois anos depois vinha equipado com vidro traseiro com desembaçador e teto de vinil opcional. Dependendo da cor da carroceria, combinava bem. A produção se encerrou em 1973, após somente 10.011 exemplares. Na Europa é recomendado para aqueles que desejam se iniciar no antigomobilismo, já que as peças são fáceis de encontrar e a carroceria é muito exclusiva.

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