Em termos de segurança, já tinha cintos dianteiros de três pontos e travas nas portas traseiras para que, se acionadas, só se abrissem por fora. O volante de dois raios tinha boa empunhadura e a alavanca de cambio ficava na coluna. Para o mercado inglês e outros com direção do lado direito, porém, a alavanca ficava no assoalho. De início o painel era rústico, mas um ano depois ganhava três mostradores bem posicionados, num módulo à frente do motorista, todos da famosa marca francesa Jaeger. O porta-malas tinha bom espaço para bagagens porque o pneu estepe ficava debaixo deste, do lado de fora.

Versões econômicas com motor diesel foram parte importante do êxito do 204, mas o pequeno cupê é que demonstrava maior elegância

A suspensão era independente nas quatro rodas, pouco comum ao tempo. Era macia e confortável, mas mesmo assim o carro tinha boa estabilidade. Usava pneus 135 SR 14, finos mas eficientes. Para frear, discos de freio na frente e tambor atrás, com servo-freio. Por pouco não ganhou o título de Carro do Ano — o Renault 16 levou.

Pouco antes do Salão de Paris, em outubro de 1965, era apresentada a perua. Tinha a mesma distância entre eixos e ótima visibilidade. E seu estilo também agradou por ser moderno e tradicional ao mesmo tempo. Um ano depois chegava o modelo cupê, com um leve fastback, e o simpático conversível, que tinham uma distância entre eixos menor. Vinha ainda uma furgoneta de duas portas, que não tinha os bancos traseiros; sua área útil era de 1,5 m³.

Família grande: a perua de cinco portas e o furgão Fourgonnette, dela derivada

Em 1967, como era tradição da marca, o 204 foi enfrentar pela segunda vez as terríveis competições africanas de rali. A empresa enviou seis carros para o East African Safari. Obtiveram os seis primeiros lugares na categoria de 1.100 a 1.300 cm³!

Nesse ano também o conversível ganhava opção de teto rígido e era lançada a versão diesel, que fez muito sucesso devido à economia, resistência e baixo preço. Mantendo o bloco e cabeçote em alumínio (único no mundo com este combustível), tinha 1.255 cm³, 40 cv, injeção Bosch e máxima de 125 km/h. Seus principais concorrentes na época eram o Ford Cortina 1200, Simca 1300, Renault 8 Major, Ford Taunus 12M, Morris 1100, Opel Kadett e o Volkswagen 1200, nosso Fusca.

Mais de um milhão de 204 foram produzidos em seus 11 anos de vida. O modelo 1975, nas fotos, já contava com alternador, barras estabilizadoras e motor diesel mais potente

Em 1968 recebia novas lanternas traseiras, proteção de borracha nos pára-choques e, um ano depois, barras estabilizadoras na frente e atrás, pneus 145 SR 14 e alternador no lugar do dínamo. De 1969 a 1971 foi o carro mais vendido do mercado francês. Neste último ano a Peugeot festejava seu 6.000.000º. carro produzido desde 1889 e o milionésimo 204.

Em 1973 o motor diesel ficava mais potente, com 1.357 cm³ e 45 cv. Atingia 130 km/h e a versão a gasolina, graças a um novo carburador e velas, ganhava mais 6 cv. Três anos depois este sucesso francês deixava de ser fabricado, após 11 anos de produção. Seu irmão 304, nascido em 1969, um pouco maior e mais moderno, herdava suas linhas e qualidades mecânicas e o substituía.

Carros do Passado - Página principal - e-mail

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados