O P5 começou então a participar de ralis de prestígio, como o East African Safari, o Leige-Sofia-Liege, o RAC (Royal Automobile Club) inglês e ralis escoceses. A suspensão, independente à frente e de eixo rígido atrás, usava feixes de molas e os freios eram assistidos a tambor. Já em 1960 ganhava freios a disco dianteiros e direção assistida opcional. Era um carro muito confortável e estável. Usava pneus 6,70-15.

A versão Coupé não tinha só duas portas, como o nome faz supor: era na verdade um sedã com o teto rebaixado em 5 centímetros

Por dentro era muito confortável e luxuoso: acabamento esmerado, materiais nobres, como couro Conolly para os bancos (com apoios de braço dianteiro e traseiro) e madeira de ótima qualidade no painel. Este era muito bem-equipado, com todos os instrumentos necessários num bloco só à frente do motorista. Por causa deste detalhe tinha uma "estante" dianteira para abrigar pequenos objetos.

O volante de dois raios, de bom tamanho e bonito, tinha um aro de metal para a buzina. O Rover transportava com conforto cinco passageiros. Por causa destes atributos internos, e também dos externos, não ficava devendo nada a carros de prestígio como o Jaguar. Em 1962, com a adoção do coletor de admissão Weslake, o motor passava a ter 134 cv a 5.000 rpm.

Freios dianteiros a disco em 1960, direção assistida em 1964, motor V8 em 1967: a evolução do P5 o manteve entre os mais desejados carros ingleses

No mesmo ano era apresentada a versão Coupé — só que não se tratava de um carro de duas portas. Era assim designada por ter o teto rebaixado em cinco centímetros e, com a adoção de molduras dos vidros laterais em aço inox, ficou muito atraente. A coluna central também estava mais estreita. Não perdeu o conforto, ficou mais charmoso e ganhou até um ar esportivo. Outro refinamento introduzido foi a regulagem independente do aquecimento interno e do volume dos alto-falantes para os ocupantes do banco traseiro.

Em 1964 a direção assistida passava a ser de série e, três anos depois, o P5 ganhava um motor muito mais moderno e interessante. O modelo passava a se chamar P5 B, por causa do propulsor de origem Buick, uma das divisões da GM americana. Sob o capô funcionava um V8 de 3,5 litros, com bloco e cabeçote de liga leve e potência de 160 cv a 5.200 rpm. Era alimentado por dois carburadores SU e tinha taxa de compressão de 10,5:1, elevada para a época.

Com o motor Buick, a versão Coupé alcançava 188 km/h e acelerava de 0 a 100 em 11 segundos, desempenho mais que suficiente para a proposta do clássico saloon

Oferecido somente com a caixa automática, o seletor ficava no assoalho. Sua velocidade final era de 188 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 11 segundos. Este motor seria utilizado no futuro modelo 3500 TC. Por fora eram destaque as bonitas rodas cromadas Rostyles e os faróis de neblina. Era considerado o "Rolls-Royce da classe média" por causa da qualidade de fabricação, de sua sofisticação, acabamento e imponência. Seus concorrentes em 1970 eram o BMW 2800, o Fiat 130, o Opel Diplomat e o Jaguar XJ6 — entretanto, todos estes eram mais modernos.

Fabricado até 1973, foi o automóvel favorito da ex-primeira ministra Margareth Tatcher e da família real para pequenos deslocamentos no interior do Reino Unido. Era o carro particular da rainha Elizabeth, um modelo 3 Litre Mk I, placas JGY 280. Quando o substituiu por um modelo P5 B, anos mais tarde, não mudou de placas. E este famoso Rover continuou a ser usado por ministros de estado até os anos 80, sempre na cor preto-metálico.

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