A reestilização frontal de 2003 deixou o Impreza mais convencional... e mais bonito na opinião de muitos; o STi recebia rodas e para-lamas mais largos, dois anos depois

A perua WRX não tinha os para-lamas ressaltados do sedã; embaixo,
o STi Spec C Type RA, com rodas BBS e aerofólio de fibra de carbono

A frente era renovada outra vez para 2006, com grade em três partes
e faróis alongados; o WRX (foto) já vinha usando um motor de 2,5 litros

 

Como gente grande   A inglesa Evo colocou o STi Spec C diante de "gente grande" em 2003: o BMW M3 CSL e o Porsche 911 GT3. "O Subaru é dos mesmos moldes do BMW e do Porsche: um carro feito para o motorista que passou por um programa intensivo de remoção de supérfluos e de reespecificação para produzir a mais pura e concentrada direção", explicava.

Entre as alterações dessa versão especial estava o diferencial central ajustável, com repartição de torque entre 55/45 (frente/traseira) e 100% à traseira. O Impreza acelerou de 0 a 96 km/h nos mesmos 4,3 segundos do 911, deixando o M3 para trás com 5,3 s, e convenceu em estabilidade: "Respostas rápidas como um raio, excelente adesão à estrada e um delicioso equilíbrio ajustável pelo acelerador".

Para 2004 a marca japonesa atendia aos críticos dos "olhos de inseto" ao adotar faróis mais retilíneos, apelidados então de "olhos de crocodilo", o que deixava o modelo mais convencional — e mais bonito na opinião de muitos. O para-choque remodelado continuava a trazer, no caso do STi, coberturas com a sigla no lugar dos faróis auxiliares. Apenas no Japão, o STi Spec C Type RA vinha com rodas BBS, defletor dianteiro e aerofólio traseiro em fibra de carbono.

Na Motor Trend,  o Impreza 2.5 RS foi comparado a Ford SVT Focus ZX5, Mitsubishi Lancer Ralliart e Nissan Sentra SE-R Spec V. O Subaru foi apreciado pela tração integral e o som de escapamento, enquanto críticas foram feitas aos pneus e à potência de 167 cv. "O 2.5 RS é um bom carro para todo tipo de clima, mas lhe falta o fator de diversão dos outros, e ele não nos impressionou pelo custo-benefício. Se fossemos comprar, pagaríamos US$ 5.000 a mais pelo WRX de 230 cv", concluiu a revista, que deu a vitória do comparativo ao Focus.

Toda a linha de motores passava a contar com variação de válvulas para 2005, quando o WRX crescia em cilindrada para os mesmos 2,5 litros do STi a fim de ganhar torque em baixa rotação. Para esse Impreza de topo, as novidades passavam por entre-eixos 15 mm mais longo, rodas mais largas e para-lamas traseiros engordados para elas.

Na Motor Trend  o STi enfrentava seu maior adversário, o Mitsubishi Lancer Evolution MR, e terminava o confronto em certo equilíbrio: "Ambos são máquinas de rali muito capazes que gritam para as massas com seus conjuntos de carroceria chamativos e sua atitude 'vá em frente, me desafie'. Nos tempos na pista o Mitsubishi superou o Subaru, que ofereceu melhor controle a seu motorista. Acreditamos que o condutor médio achará mais fácil provar os limites de sua habilidade no Impreza, mas um motorista talentoso poderá ultrapassá-lo no Lancer — por pouco".

Outra reforma visual vinha para 2006 com faróis de perfil mais baixo — "olhos de águia", como os fãs logo batizaram —, novos para-choques e lanternas traseiras, além de grade dianteira em três peças.

O WRX desse ano, em que bolsas infláveis laterais se tornavam padrão na linha vendida nos EUA, era comparado pela revista Car and Driver  a Acura RSX Type-S, Chevrolet Cobalt SS Supercharged, Dodge SRT4 ACR e Saturn Ion Red Line e ficava em segundo, atrás do Acura. Espaço no banco traseiro, curso de suspensão, aderência pela tração integral e visibilidade eram seus destaques, mas o motor revelou retardo excessivo para que o turbo entrasse em ação.

Com logotipo sueco
A sueca Saab pertenceu à General Motors entre 1998 e 2010; a Subaru teve 20% de suas ações nas mãos da corporação norte-americana. Com essas possibilidades, a GM firmou com os japoneses o fornecimento de peruas Impreza, iniciando-se em 2004, para venda pela marca escandinava nos Estados Unidos com o nome Saab 9-2 (no sentido inverso, modelos como a Opel Zafira foram vendidos pela Subaru no Japão).

A não ser pela frente remodelada como a grade sueca ou pelos logotipos, o carro era integralmente uma Impreza Wagon, incluindo os motores aspirado de 2,5 litros, turbo de 2,0 litros (modelo 2005) e turbo de 2,5 litros (linha 2006) e a tração integral de série. Entre as diferenças, a 9-2X trazia melhor isolamento acústico, suspensão recalibrada e encostos de cabeça ativos nos bancos dianteiros.

Embora tenha enfrentado certa rejeição pelos mais puristas, o que pôs mesmo fim à vida da 9-2X foi a venda das ações da Subaru pela GM, parte à Toyota e parte ao próprio grupo Fuji. Seu último ano-modelo foi o 2006.
Os especiais
A própria Prodrive, a empresa britânica responsável por preparar os Imprezas do Mundial de Rali, oferecia modificações com o aval do fabricante a mercados como o inglês. O WRX PPP (sigla para Prodrive Performance Package) apresentado em 2003 tinha o motor de 2,0 litros revisto para passar de 230 para 265 cv, o que o deixava mais próximo ao STi em desempenho.

Outra empresa inglesa, a Litchfield, importava Imprezas do Japão como a versão Spec C, não oferecida pela própria fábrica. Quando a Subaru retirou ar-condicionado e controle elétrico de vidros do Spec C para 2004, a Litchfield desenvolveu um STi tão rápido quanto o Spec C sem abrir mão desses confortos.

O Type 25 (ao lado em versão posterior, já com a frente adotada em 2006) obtinha 350 cv do motor preparado e trazia alterações na suspensão. Três anos mais tarde era adotado um motor com bloco e pistões da Cosworth, capaz de 415 cv.

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