Defletor dianteiro e novos carburadores vinham aprimorar o Corniche em 1977; dois anos depois a suspensão traseira era modificada

O Corniche II estreava em 1986 com motor mais potente e freios ABS; nos EUA era o terceiro carro mais caro, atrás de outro Rolls e um Aston

Bolsas infláveis e controle eletrônico da suspensão eram novidades da quarta série; a série limitada Corniche S (embaixo) recebia motor turbo

Discretas evoluções   Com o surgimento do Silver Shadow II, em 1977, o Corniche passou por mudanças, mas manteve a designação, assim como seu irmão da marca Bentley. Entre as alterações, a substituição dos carburadores por Solex quádruplos, duplo escapamento, limpadores de faróis, um discreto defletor dianteiro e faróis de neblina movidos para sob o para-choque, que, assim como o traseiro, passava a ter bordas emborrachadas sobre os cromados — alteração efetuada para o mercado norte-americano em 1973, mesmo ano em que os freios dianteiros ganharam discos ventilados. O Bentley passou pela mesma evolução.

Dois anos mais tarde, uma alteração restrita aos modelos Corniche: uma nova suspensão traseira, que aumentou o entre-eixos do carro para 3,06 m. Externamente, os escapamentos foram divididos em um para cada lado. Mais um ano e o modelo de teto fixo deixava de ser fabricado, tendo totalizado 1.090 unidades com a marca Rolls e 69 com a Bentley. Ainda em 1980 era introduzida a injeção de combustível Bosch K-Jetronic, a princípio apenas para os mercados dos EUA e Japão, e o Silver Shadow sedã saía de linha, dando lugar ao Silver Spirit.

Em 1986, após um total de 3.239 carros da Rolls e 77 da Bentley, vinham outras alterações, dessa vez acompanhadas de nova designação: Corniche II para o Rolls e Continental para o Bentley. Entre as novidades, a injeção era adotada para todos os mercados, junto com outras modificações no motor, como novo radiador de óleo. A potência, mais uma vez informada como adequada, era agora estimada em 240 cv. Os comandos do controlador de velocidade eram transferidos para a alavanca de câmbio e havia novos painel de instrumentos, console e volante.

Por fora, os para-choques passavam a vir na cor do carro, os arcos das caixas das rodas ganhavam anéis metálicos e uma luz suplementar de freio foi instalada sobre a tampa do porta-malas. Outras mudanças incluíam rodas, bancos e lanternas traseiras nas laterais da placa. Freios com sistema antitravamento (ABS) eram adotados. O Corniche continuava um dos carros mais caros do mercado norte-americano, atrás apenas de outro Rolls — a limusine Silver Spur — e do Aston Martin Lagonda. Com seus US$ 163.800 podiam ser comprados quase cinco Mercedes 300 E.

A produção durou até 1989, em um total de 1.234 unidades. Nesse ano era apresentado o Corniche III no Salão de Frankfurt. O Bentley, embora também revisado, continuou a ser chamado apenas de Continental. Ambos tinham algumas alterações no painel, console e volante. A direção passava a ter caixa de pinhão e cremalheira, mais leve e precisa. Não havia mudanças externas. Dois anos depois o carro deixava de ter a montagem final executada na unidade da Mulliner Park Ward, devido ao fechamento da fábrica.

O Corniche IV surgia em 1992 e, entre as principais novidades, trazia bolsas infláveis frontais. Um novo sistema de controle eletrônico da suspensão permitia ajustar sua rigidez em três níveis: macio, normal e firme, os dois últimos com acionamento automático quando a velocidade atingia 112 e 160 km/h, na ordem. A caixa automática passava a ser a GM Hydramatic 4L80-E, e os pneus, 235/70 R 15. Outra grande mudança foi a capota com vidro traseiro no lugar do antigo plástico — o que, além de melhor visibilidade e maior durabilidade, permitia o uso de desembaçador. Com mecanismo todo aperfeiçoado, a capota não requeria mais o acionamento de trava manual para completar o fechamento ou iniciar a abertura. Continua

Em escala
A americana Franklin Mint, um dos mais prestigiados fabricantes de miniaturas do mundo, tem uma miniatura do Corniche IV Anniversary feita em metal na escala 1:24.

Portas, capô e tampa do porta-malas abrem, o volante aciona as rodas e os bancos dianteiros são basculantes. A precisão engloba a mascote Dama Voadora, instrumentos do painel e detalhes do motor.
A versão do Corniche IV comum — se é que se pode chamar um Corniche de comum — também está disponível no catálogo da Franklin Mint, em vermelho. O detalhamento é o mesmo do Anniversary.
Em escala 1:43 existe o Jules, o carro do Paris-Dacar de 1981. Grandes pneus, para-barros e a decoração com patrocinadores identificam facilmente o carro da severa prova fora-de-estrada.
A Shenzhen fabrica, na mesma escala, uma miniatura do modelo fechado do Corniche de 1972 com pintura saia-e-blusa. O material é resina.
O Corniche de última geração, de 2000, também existe em miniatura, feita em resina pela chinesa Shenzhen DOZ na escala 1:43. Apesar do tamanho reduzido, o acabamento é bom.

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