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Quatro portas e um tridente
Em cinco
gerações, o Maserati Quattroporte atravessou em |
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Fundada em 1926 pelos irmãos Alfieri, Ettore, Bindo e Ernesto Maserati,
a empresa que levava tal sobrenome não começou pelos carros de rua:
antes deles, produziu modelos de competição vitoriosos, como o 250F que
venceu o Campeonato Mundial de Grandes Prêmios (a Fórmula 1 da época) em
1954 e 1957 nas mãos de Juan Manuel Fangio. Só em 1947 surgia o
A6, o primeiro Maserati "civil", que 10
anos mais tarde dava lugar ao 3500 GT. Era
possível perceber ali uma tendência: a de buscar segmentos de mercado
mais refinados, com carros de luxo que não deixassem de lado a
esportividade. |
O desenho de Pietro Frua para o cupê 5000 GT (foto) foi a base para o projeto do Quattroporte, com os faróis retangulares em destaque em relação à grade protuberante |
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Desenhado por Pietro Frua, exibia um desenho interessante, com a
cabine recuada e um tanto compacta em relação aos longos capô e
porta-malas. Os faróis retangulares estavam mais altos e em
destaque, enquanto a grade ovalada ficava protuberante. Nota-se
grande semelhança de estilo com as apenas três carrocerias
produzidas por Frua para o cupê 5000 GT, com motor V8 de 5,0 litros
e 340 cv (o modelo teve no total 34 unidades, incluídas as feitas
por Pinin Farina, Monterosa, Ghia, Allemano e Carrozzeria Touring). A construção da carroceria
do Quattroporte cabia à empresa Maggiora, de
Turim, enquanto a Vignale fazia a pintura e a montagem. |
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O estilo elegante e de sutil esportividade do Quattroporte vinha associado a um interior luxuoso, com painel completo, volante de madeira e bancos de couro Connolly |
O Tipo 107, codinome do projeto, vinha competir em uma classe de grande
prestígio ao lado dos ingleses Lagonda Rapide (cuja marca pertencia à Aston
Martin desde 1947) e Jaguar Mark X e do francês Facel Vega
Excellence. Para tanto, recebeu um motor V8 de 4,1 litros com duplo
comando de válvulas e quatro carburadores Weber de corpo duplo, derivado
da unidade de competição (de 430 cv a 8.000 rpm) do Maserati 450 S do
fim da década de 1950. Recalibrado para um funcionamento mais dócil em
baixa rotação, gerava potência de 260 cv a 5.000 rpm e torque de 40
m.kgf a 3.000 rpm. Estava bem situado diante dos concorrentes, pois o
Lagonda usava um seis-cilindros de 4,0 litros e 240 cv; o Jaguar, outro
"seis" de 3,8 litros e 265 cv; e o Facel, um V8
de 4,8 litros e 250 cv. |
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