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A elegância do felino

A classe e o requinte habituais à marca davam o
tom do Jaguar Mark X, sedã de luxo da década de 60

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A marca inglesa do felino sempre foi sinônimo de esportividade junto com sofisticação, desde sua fundação em 1922, quando se chamava Swallow Sidecar Company. O desenho das carrocerias da Jaguar Cars Ltd., de todas as gerações, são distintos e sofisticados. Não seguem modismos: são clássicos, elegantes e atraentes.

Na década de 50 os modelos da série Mark VII, Mark VIII e Mark IX já estavam com formas envelhecidas frente à concorrência de carros de luxo. Eram automóveis rápidos, porém o estilo já não fazia mais sucesso. As linhas eram muito curvas e a área envidraçada reduzida.

Com 5,13 metros de comprimento, era o maior Jaguar construído até então. As linhas sóbrias, que não seguem modismos, tinham os elementos básicos da empresa

Os homens da casa de Browns Lane, situada em Coventry, sob a orientação de Sir William Lyons, presidente da empresa, já trabalhavam num sucessor digno. Foi assim que, no Salão de Londres de 1961, o maior Jaguar já construído era apresentado ao público. O Mark X era um sedã de quatro portas e três volumes, de linhas harmoniosas e elegantes. Não seguia a tendência mundial da época de carros com formas retas. Tinha 5,13 metros de comprimento e 1,93 m de largura.

As linhas do final da capota lembravam um pouco a do irmão menor Mark II. O charme ficava por conta do último vidro traseiro que se abria, como um quebra-vento traseiro. A grade seguia o estilo tradicional da empresa, com duas entradas de ar. Quatro faróis circulares, sendo que os do centro eram de diâmetro menor, e pequenas luzes de direção completavam o grupo ótico. Era um carro de classe.

O motor inicial era o 3,8-litros lançado com a série XK, que desenvolvia 265 cv e o levava a 190 km/h, ótima marca para a época e para seu porte

Fato curioso é que este foi o último modelo a ter o emblema do felino em metal sobre o capô, depois eliminado por questão de segurança em caso de atropelamentos.

O motor de seis cilindros em linha e 3,8 litros, com duplo comando de válvulas, era alimentado por três carburadores da marca SU. Era o mesmo do antigo modelo XK 150 e tinha a potência do esportivo E-Type, 265 cv a 5.500 rpm. O suficiente para levar os quase 1.900 kg do veículo a 190 km/h, excelente para a época e para o porte do Mark X. Como no irmão esportivo, o capô se abria de trás para a frente.

No amplo painel, todo revestido em madeira nobre, quatro dos instrumentos ficavam à direita do motorista

O câmbio podia ser manual de quatro marchas, da marca Moss, sendo que a primeira não era sincronizada e que possuía overdrive opcional e alavanca no assoalho, ou uma automática Borg-Warner DG, com três marchas, na coluna de direção. A tração era traseira, como a Jaguar conservaria em toda sua linha até pouco tempo atrás (o novo X-Type tem tração integral). Continua

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Data de publicação: 22/7/03

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