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Por dentro o luxo era evidente: todo o painel e os contornos de portas estavam cobertos de madeira envernizada nobre. A instrumentação era completa e de inspiração aeronáutica. À frente do volante de dois raios estavam o velocímetro e o conta-giros; os demais mostradores ficavam ao centro.

Não houve economia no couro Connolly Vaumol liso, empregado em bancos e forrações. Tanto na frente quanto atrás havia apoio de braço central para os ocupantes. Atrás dos bancos dianteiros reclináveis havia pequenas mesas e também pequenos espelhos retangulares para as ladies retocarem a maquiagem. Um carro romântico e muito aconchegante. Na versão limusine havia separação entre o chofer e o banco traseiro, além de um minibar.

Na frente, bancos individuais e apoios de braço; atrás, pequenas mesas e espelhos
para as damas, em meio ao revestimento em couro Connolly de alta qualidade

No início de produção, a maior parte das vendas era destinada a países do Commonwealth, portanto automóveis com direção do lado direito. Era o preferido das representações diplomáticas inglesas em todo o mundo.

Apesar da boa potência, os clientes pediam um motor com mais torque em baixa rotação. Um ano antes, a Jaguar havia adquirido a Daimler e esta tinha um motor V8 de 4,5 litros que equipava suas limusines. Ele chegou a ser testado no Mark X, com ótimos resultados, mas não foi colocado em produção para não ofuscar o nome Jaguar neste automóvel recém-lançado. 

Assim, em 1965 era lançada a versão Mark X 4.2. O motor passava a 4.235 cm3, com a mesma potência, mas o torque aumentava para 39 m.kgf a 4.000 rpm. Bem-vinda também era a nova caixa de quatro marchas Jaguar totalmente sincronizada. Para parar com segurança, dispunha de quatro freios a disco da marca Dunlop.

Na radiografia, a estrutura monobloco do Mark X, uma das primeiras do mercado. A marca foi também pioneira nos freios a disco, instalados nele em 1965

Apesar do peso considerável, não faltava fôlego a esta bela mecânica e a velocidade máxima era de 197 km/h. Chegava aos 100 km/h em 10 segundos e os primeiros 400 metros eram vencidos em 16,7 s. Também ganhava alternador, aposentando o dínamo. Como o motor anterior, era silencioso e muito equilibrado ao rodar. Para aumentar o conforto vinha o ar-condicionado como opcional.

O Mk X era um excelente veículo para longas viagens em auto-estradas, porém não vazia feio em caminhos sinuosos, apesar da grande inclinação em curvas muito fechadas. Usava pneus 205-14 com rodas de aço estampado. A suspensão era independente nas quatro rodas, sendo que a traseira tinha molas duplas. A carroceria era monobloco, ainda rara na época.

O motor de 4,2 litros, com torque superior, garantiu melhor desempenho em baixa rotação

Com o novo motor, o modelo iria enfrentar o Bentley série T, o Cadillac De Ville, o Lincoln Continental, o Maserati Quattroporte e o Mercedes-Benz 300 SE. Em 1967 uma nova versão chegava, a 420 G, com pequenas alterações externas — nova grade, frisos e calotas mais modernas. Por fora, a pintura bicolor da carroceria foi bem aceita num carro deste gabarito. Poderia ser preto e prata, preto e bege metálico, azul escuro e azul claro, e verde claro com verde "Racing".

Mas os testes com seu sucessor, o XJ, já estavam bem adiantados, resultando em sua introdução em 1968. O Mark X deixou as linhas de produção em 1970, após 25.211 exemplares produzidos.

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