
O Kadett participou de
corridas em asfalto e ralis nas gerações A e B, mas foi com o
modelo C que sua carreira esportiva ganhou ímpeto. O GT/E foi
aos ralis pelo regulamento do Grupo 4 (acima) com preparação que
levava o motor de 1,9 litro a 228 cv ou, na versão para asfalto,
265 cv. A Opel adotou cabeçote com duplo comando e 16 válvulas,
pistões forjados e injeção Kugelfischer e aplicou câmbio de
cinco marchas, diferencial autobloqueante e rodas de 9,5 x 13
pol.
Com um desses, Walter
Röhrl e Rauno Aaltonen venceram em 1976 os Ralis de Monte
Carlo e de Portugal. A Opel conseguiu naquele ano o segundo
lugar entre os construtores no Mundial de Rali. O novo
regulamento do Grupo 2 em 1978 impedia o uso de cabeçotes
especiais, mas a empresa não o abandonou, adotando muitas de
suas soluções na unidade de 2,4 litros do
Ascona 400, um ano
depois.

Na Inglaterra, o
Vauxhall Chevette HS (acima) de 2,3 litros para rua foi
construído para homologação para o Grupo 4. Feito em parceria
com a Blydenstein Racing, da equipe oficial da fábrica, o HS
obteve vitórias nas mãos de pilotos como Pentti Airikkala e Tony
Pond, enfrentando nas estradas poeirentas o Ford Escort. Com ele
a Vauxhall levou o Campeonato Britânico de Rali em 1979, entre
os pilotos, e em 1981 entre os construtores.
Uma versão ainda mais "brava", a HSR, foi elaborada em 1981 com
para-lamas alargados e mudanças em suspensão, freios e
embreagem. Contudo, o Chevette já estava superado e, com a fusão
dos departamentos de competição da Opel e da Vauxhall, o projeto
foi cancelado em favor do Manta 400.

A geração D teve menor
atuação em competições, mas deu origem ao projeto Kadett 400
(acima). Para correr em um rali na Cidade do Cabo, África do
Sul, a Opel aplicou a carroceria do hatch à plataforma do Manta
400, com motor de 2,4 litros longitudinal, transmissão completa
(com tração traseira) e suspensões. Os para-lamas bastante
alargados mostravam que esse não era um Kadett comum. |

A carreira nos ralis
continuou com a geração E. Tão logo o GSi de rua era
apresentado, a Opel já tinha pronta uma versão de 170 cv para
competição. O modelo foi um dos grandes contendores na classe de
2,0 litros por anos.
O Campeonato Alemão de Carros de Turismo (DTM) foi outro campo
para o Kadett ir às pistas. A equipe oficial lançada em 1989
corria com o GSi preparado (acima) para obter 270 cv a 8.100 rpm
e com peso reduzido a 800 kg. No campeonato similar dos
britânicos, o BTCC, a versão GTE de 16 válvulas da Vauxhall
venceu a temporada de 1989 nas mãos de John Cleland.

O mais potente Kadett já
feito pela Opel em todos os tempos foi o Rallye 4x4 (acima),
concluído em 1985 conforme o regulamento do Grupo S. Um motor
Zakspeed/Cosworth com turbo, de 1,9 litro e 500 cv, estava
previsto para esse superhatch em conjunto a uma tração integral
com repartição de torque variável entre os eixos.
O objetivo era competir no
Grupo B de rali, mas o "monstro branco", como foi apelidado,
não chegou a correr na categoria — que se mostrou perigosa, com
acidentes fatais, e acabou extinta em favor de carros de menor
potência.

Sem dar o uso pretendido
aos carros, a Opel preparou dois desses Kadetts para competir em
1986 o Rali Paris-Dacar (acima) e o Audi Sport Rally. A tração
integral foi mantida, mas com motor de 2,4 litros e 16 válvulas
do Manta, suspensão mais alta e pneus apropriados às severas
condições de terreno da prova, que ligava a capital francesa à
do Senegal, na África. Um deles terminou em 37°. lugar e outro
em 40°. na classificação geral. |