Faróis unidos e grade separada pelo elemento central vinham na linha Cutlass 1969; este conversível Holiday traz um pacote de alto desempenho para o motor V8 350

A linha 1970 oferecia o motor de 7,45 litros em várias versões; de cima para baixo, Rallye 350, o 4-4-2 com pacote W30 e a perua Vista Cruiser

A grade exagerada tentava deixar intimidador o 4-4-2 de 1972, agora um pacote aplicável a qualquer Cutlass, mesmo os de motor menos potente

Discutível é o mínimo a dizer sobre a linha 1973, com estranhos vincos laterais, grade bipartida, dois faróis e opção de janelas Ópera no cupê

Os pneus Firestone Wide Oval na medida F70-14, em rodas de magnésio, brigavam contra o asfalto para transmitir todo o torque. A suspensão estava mais firme, tornando o carro bem mais estável. A revista Popular Science pôs o Cutlass S em comparação com o Dodge Charger, o Rambler Rebel SST e o Mercury Cyclone GT, todos com potentes V8 que desenvolviam entre 280 e 335 cv. O carro da Oldsmobile foi apenas o terceiro melhor em aceleração e velocidade no slalom (desvios entre cones), mas ganhou elogios pelo conforto de marcha e a suavidade do conjunto mecânico. O teste apontou como críticas a inclinação da carroceria em curvas e a lenta resposta de direção.

Um novo estilo frontal identificava o modelo 1969: os dois faróis de cada lado agora estavam juntos e a grade dividia-se por um elemento central. A gama de motores crescia, a começar por um V8 de 350 pol³ (5.735 cm³) com 325 cv e 49,7 m.kgf, oferecido também no F-85. Havia com esse propulsor a versão Rallye 350, vendida só na cor amarela, incluindo rodas, para-choques e aerofólio traseiro. Depois vinham os V8 400 de 325 e 350 cv, o pacote W32 (com admissão forçada e 350 cv) e o conhecido W30 de 360 cv. No ano seguinte, a versão conversível e o cupê podiam receber faixas sobre as entradas de ar, em cor branca ou preta, e o motor de 455 pol³ (7.455 cm³) era adotado em diferentes versões, com potências que variavam entre 256 e 400 cv. Podia equipar qualquer carro da linha e caía muito bem à Vista Cruiser, que ganhava elevado torque para transportar a família.

No caso do 4-4-2, o grande V8 desenvolvia 365 cv e 69 m.kgf na opção básica, mas o pacote W30 chegava a 370 cv com comando e carburador especiais e admissão forçada, além de trazer capô de plástico e fibra-de-vidro com amplas tomadas de ar. Levava 14,2 segundos no quarto de milha e 5,7 s de 0 a 96 km/h. Uma versão conversível preta e branca era o carro-madrinha da 500 Milhas de Indianápolis. Essa versão mais potente podia receber pneus 225/70 e a direção assistida era de série para todas. Por dentro tinham novo painel com três mostradores circulares que incluíam conta-giros, volante de quatro raios, console e pomo da alavanca de câmbio de madeira. Os bancos também estavam mais confortáveis e com apoios de cabeça generosos.

Como todo carro vendido nos EUA, o Cutlass perdia potência em 1971 porque a gasolina sem chumbo tetraetila, com menor octanagem, exigia motores com taxa de compressão mais baixa. A dupla grade dianteira assumia proporções exageradas, como que tentando convencer de que havia atrás dela um vigor maior que o verdadeiro. No ano seguinte o 4-4-2 voltava a ser um pacote para o Cutlass V8 com estética, pneus e suspensão mais esportivos. Assim, era possível comprar a versão até com os tímidos motores V8 350 de 160 e 180 cv (agora valores líquidos), enquanto o V8 455 vinha em versões de 250 e 300 cv, esta para o W30.

O Cutlass entrava em sua quarta geração em 1973 com uma carroceria toda nova. Tinha aspecto mais leve e mais esguio, mas não estava menor: 5,47 m de comprimento, 1,95 m de largura, 1,38 m de altura e 2,95 m de entre-eixos. O peso era de 1.750 kg. Não havia mais a versão F-85. Com o novo desenho denominado Colonnade, tinha as versões Cutlass S, Cutlass Supreme, Cutlass Salon, Vista Cruiser (perua) e a 4-4-2. Os faróis circulares estavam um pouco menores e a nova grade era formada por duas partes quadradas, que começavam no alto da frente e iam até bem perto do chassi. Bem estranhos eram os vincos nas laterais, que faziam parecer que a carroceria estivesse amassada... Atrás tinha lanternas verticais e a versão cupê podia receber na coluna traseira um vidro normal ou a pequena janela Ópera, que fez moda em vários carros norte-americanos da época. Era um estilo novo e que dividia opiniões.

Por dentro contava com bancos mais modernos, painel envolvente e rico em informação. O volante de dois raios para as versões mais luxuosas tinha diâmetro menor. Esses Olds eram irmãos de Chevrolet Monte Carlo, o picape El Camino, Pontiac Grand Prix, Grand Am e Le Mans e Buick Century e Regal. Os motores com potência líquida pareciam ainda mais modestos. A oferta começava com o antigo Chevrolet de 250 pol³; havia ainda o 260 (4.260 cm³), o 350 (5.735 cm³), o 400 e o 455, com 7.455 cm³ e 300 cv. As caixas manuais podiam ter três, quatro ou cinco marchas, e a automática, três. Em 1975 a Olds trocava a frente, em uma mudança que não foi tão feliz. A versão S Colonnade tinha quatro faróis e grade bipartida, com frisos verticais levemente inclinados para trás. Na Supreme a grade avançava sobre o capô, formando um ângulo de 90°. O 4-4-2 trazia combinações de cores pouco ortodoxas, como vermelho e branco em forma de saia e blusa. Continua

Em escala
O modelo 1969 do 4-4-2 com pacote W32 (ao lado), em escala 1:18, branco de interior vermelho, vem pelo excelente fabricante ERTL. Muito detalhado, faz parte da série American Muscle e permite ver detalhes dessa grande fase do Cutlass. Outro da mesma empresa, na cor dourada com teto preto ou na cor azul, é o Cutlass SX 1970 (embaixo). também em 1:18. Também dá gosto ver a versão Supreme de 1969 em vinho com desenho fastback.
Da também norte-americana Exact Detail é o SX 1971, vermelho ou branco. É certificado em edição numerada, a suspensão funciona, os bancos são de tecido e o detalhamento do motor é incrível.
Também da Exact Detail, só que na escala 1:24, é o Hurst/Olds de 1972 que foi carro-madrinha de Indianápolis. Branco e dourado, o conversível traz toda a decoração do original.
Na escala 1:65 a norte-americana Johnny Lightning faz modelos impecáveis como este 4-4-2 de 1970, fastback verde, a Vista Cruiser 1964. A marca também fez o Cutlass Salon 1976 em verde ou marrom.
Na mesma escala a tradicional Matchbox tem a perua Vista Cruiser de 1971. Muito detalhada. vem com dois cachorrinhos na parte traseira e laterais imitando madeira. Nas cores verde e pérola.

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