O motor passava a ter 998 cm³, potência de 54 cv a 5.700 rpm e torque de 7,5 m.kgf a 3.600 rpm. Com dois carburadores SU e taxa de compressão de 9:1, associados a um câmbio com relações próximas entre si, mostrava grande agilidade e a velocidade final pulava para 145 km/h. As qualidades dinâmicas eram ainda melhores. Também contava com freios dianteiros a disco da marca Lockheed. O sucesso foi tanto que, dois anos depois, vinha a versão Cooper S, ainda mais apimentada. A cilindrada subia para 1.071 cm³ e a potência chegava a 70 cv a 6.000 rpm, para alcançar 160 km/h. Todos se referiam a ele como um kart em termos de agilidade. E começou a provar muita competência em ralis e autódromos.

Do básico ao Cooper e deste ao Cooper S (ao lado), uma rápida evolução levou o Mini a 70 cv, em um pacote que incluía dois carburadores e freios dianteiros a disco

O jipinho Moke, derivado do Mini, era lançado em 1963. Em setembro do ano seguinte era adotada no carrinho a suspensão Hydrolastic, em que os quatro elementos elásticos eram acoplados a conjuntos hidráulicos que os faziam se interconectar. Conseguia com isso compensar os efeitos de afundamento da dianteira ao frear e da traseira ao acelerar, bem como reduzir a inclinação da carroceria nas curvas. Na época, apenas Citroën e Mercedes conseguiam efeitos semelhantes, a primeira com um elemento pneumático a nitrogênio (a suspensão hidropneumática do DS). O conforto de rodagem melhorava, mas alguns criticavam a perda do comportamento esportivo original.

Também em 1964 o Cooper S tornava-se mais potente. O motor de 1.275 cm³ garantia arrancadas mais rápidas, com 78 cv a 6.000 rpm e torque de 8,6 m.kgf. Por fora se distinguia pelas duas faixas brancas no capô (preso por travas de borracha), cano de escapamento saindo pelo centro, menor altura de rodagem, rodas de alumínio chamadas de Mini-Lite e, em algumas versões, extensão nos pára-lamas por causa dos pneus mais largos.

O Wolseley Hornet, ao lado, e o Riley eram derivações mais luxuosas do Mini, com porta-malas saliente e grade que imitava as de marcas de prestígio

Por dentro recebia volante esportivo de três raios e novo painel com conta-giros, velocímetro graduado até 200 km/h e demais instrumentos, todos separados. Tinha o inconveniente de estar no centro, mas a vantagem de o passageiro participar da emoção. E, de fato, o pequeno era vibrante, muito estável e fácil de dirigir, pois ao menor giro no volante o carro esterçava bem. Tinha dois tanques de combustível, que totalizavam quase 60 litros, o que reduzia a capacidade do pequeno porta-malas para apenas 120 litros. Mas o modelo não era nada familiar. Continua

Pelo mundo

O Mini foi também fabricado na Itália. A produção começou em 1961, quando o empresário Alejandro De Tomaso obteve a licença para fazê-lo sob a marca Innocenti (acima). Pouco se diferenciava do inglês, a não ser por alguns logotipos. Em 1973, para suprir a demanda dos que amavam o Cooper S, era lançada a versão Innocenti 1300 Export. Com bom acabamento, o aspecto externo era quase idêntico ao do britânico, à exceção da grade preta. A motorização e o resto da mecânica pouco mudavam. Mas durou só dois anos.

Na Austrália, foi apresentado em 1965 o Morris Mini DeLuxe, com itens que o modelo inglês ainda não tinha à época: janelas descendentes, partida do motor pela chave, comando remoto de câmbio (como no Cooper britânico) e motor de 998 cm3. Quatro anos mais tarde era substituído pelo Mini K (acima), inicial de kangaroo ou canguru, com propulsor de

1.098 cm3 e câmbio de quatro marchas sincronizadas. A série Clubman também foi feita no país, de 1970 em diante.

A espanhola Authi (Automoviles de Turismo Hispano-Ingleses), de Pamplona, iniciou a fabricação do Mini sob licença em 1968, seguido cinco anos depois pelo Cooper de 1,3 litro. O 1275 GT (acima) também teve versão local. Saíram do mercado em 1975, pouco antes que a Authi fosse absorvida pela Seat.

A Leykor fez na África do Sul numerosas versões de 1960 a 1983, incluindo o Cooper, a Traveller, o furgão, o picape e o jipe Moke. Usou toda a gama de motores, de 848 a 1.275 cm3.

Aqui na América do Sul, o Mini saiu da linha da EMSSA, British Leyland Automotores de Chile, em versões de 998 cm3 e Cooper de 1.275 cm3. De 1964 a 1968 vinha em regime CKD, completamente desmontado. Dali em diante, até 1974, ganhou carroceria produzida localmente em plástico reforçado com fibra-de-vidro. No Uruguai, a empresa Super fez também em fibra o 1275 GT e o Clubman, entre 1973 e 1976.

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