A linha compreendia oito versões do sedã. Com quatro cilindros havia o 200 (2,0 litros, carburador, 109 cv), o 200 E (com injeção e 122 cv, a partir de julho seguinte) e o 230 E (2,3 l, injeção, 136 cv). Com seis cilindros em linha, o 260 E (2,6 l, 170 cv) e o 300 E (3,0 l, 177 cv, em maio seguinte), ambos com injeção. Não poderiam faltar as opções a diesel, ainda de aspiração natural: 200 D (quatro cilindros, 2,0 l, 72 cv), 250 D (cinco cilindros, 2,5 l, 90 cv) e 300 D (seis cilindros, 3,0 l, 109 cv). Como se nota, à época a Mercedes seguia fielmente a regra de identificar a cilindrada pelo número da versão.

  O grande volante com ajuste elétrico, ar-condicionado com controle automático, comando para rebater os encostos de cabeça traseiros: recursos convenientes no interior deste Mercedes

Havia escolha entre câmbio manual de cinco marchas e automático de quatro velocidades, com dois programas de funcionamento (o automático de cinco equiparia mais tarde as versões de seis cilindros a gasolina). A suspensão traseira, muito moderna, seguia o conceito multibraço. Freios com sistema antitravamento (ABS) em 1987 e bolsa inflável para o motorista em 1992 viriam adicionar segurança, assim como os cintos dianteiros com mecanismo pretensionador.

A perua 300 TD a diesel era lançada no Salão de Frankfurt de 1985, seguida um ano depois pela 300 TE a gasolina. Quatro centímetros mais longa que o sedã, mas com igual entreeixos, tinha opção entre cinco e sete lugares, configuração esta obtida com um banco adicional para duas crianças montado no compartimento de bagagem, voltado para trás, como na antecessora W123. Um recurso muito útil era a suspensão traseira com nivelamento automático, a fim de manter a altura original de rodagem mesmo com carga máxima. O sistema usava esferas preenchidas por gás e um compressor no compartimento do motor para ajustar e manter sua pressão.

A perua W124 levava até sete ocupantes e trazia nivelamento automático da altura da traseira

Em 1986 aparecia o motor a diesel de 3,0 litros com turbocompressor e 143 cv no sedã 300 D Turbo. Os motores Mercedes a diesel sempre foram muito conceituados pela robustez, durabilidade e funcionamento suave, o que se explica pela enorme tradição da marca nesse campo, iniciada em 1936 com o 260 D. É um dos motivos, aliás, da preferência de muitos taxistas — na Alemanha e fora dela — pelos sedãs Classe E. Continua

Para ler
Mercedes-Benz W124 Series - Sedan, Coupe, Convertible - 1985-1997 - por Colin Pitt, editora CP Press. Em 90 páginas em inglês, o livro apresenta a extensa linha, passando pelas versões preparadas pela AMG. Foi publicado em 2006.

Mercedes-Benz Ultimate Portfolio - W124 Coupe, W208 CLK, W209 CLK - editora Unique Motor Books. A obra de 86 páginas, em inglês, faz a ligação entre o cupê da série W124 e seus sucessores, os CLK de duas gerações. Há versões especiais, como as da AMG e de preparadoras independentes.
Mercedes-Benz E-Class Owner's Bible: 1986-1995 - editora Bentley Publishers. Com 320 páginas em inglês, é mesmo a "Bíblia do proprietário" de W124, com dicas para comprar e manter o automóvel, informações técnicas e muito mais. Publicado em 2002, traz também os destaques de cada versão e ano, detalhes do 500 E e breve história do fabricante.

Mercedes-Benz Since 1945 - Vol. 4: The 1980's - por J. Taylor, editora Motor Racing Publications. A série cobre, neste volume, modelos como 190, Classe E (geração W124), Classe S (W126) e os roadsters SL. Em 128 páginas vêm descrições de cada modelo e ano, dados técnicos e dicas de restauração, mas ficam de fora os W124 da década de 1990. Publicado em 1994.
Na Coréia

A sul-coreana SsangYong obteve licença da Mercedes-Benz para produzir um sedã de luxo derivado do W124. O Chairman foi lançado em 1997 com opção entre distância entre eixos normal e alongada, esta muito usada em serviços de limusine no país. Os motores de seis cilindros, de 2,8 e 3,2 litros, também são projetos Mercedes. Embora baseado no Classe E dos anos 80, o desenho foi definido para lembrar o Classe S da década de 90 (W140). O atual Chairman (acima) adotou um novo estilo e se afastou um pouco dos Mercedes, mas mantém a característica grade.

Em escala

A alemã Minichamps, que faz miniaturas de boa qualidade sobretudo em escala 1:43, realizou a do sedã e a do conversível da linha W124. Para o primeiro, em versão 300 E de 1992, havia opção entre preto, azul e prata; para o outro, um E 320 de 1994, a cor era bege. Ambas com alto nível de detalhamento.

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