No Salão de Genebra, em março de 1987, eram lançados os cupês 230 CE e 300 CE com a mesma mecânica do quatro-portas. Mais curto (4,67 m) e baixo (1,41 m), o modelo tinha também menor entreeixos (2,71 m) e não usava colunas centrais. Para facilitar a colocação do cinto pelo motorista e o passageiro da frente, um mecanismo "levava" o equipamento até perto dos ocupantes. Os sedãs 260 E, 300 E e 300 D e as peruas 300 TE e 300 TD passavam a oferecer a tração integral 4Matic, de funcionamento automático, muito apreciada em países com inverno rigoroso. No ano seguinte o 250 D ganhava turbo, chegando a 126 cv.

Disponível só como 230 e 300 CE, o cupê usava menor entreeixos e não tinha colunas centrais

"Martelo de veludo"   A Mercedes tinha várias novidades na linha 1990 do Classe E. O motor 3,0 ganhava cabeçote com duplo comando e quatro válvulas por cilindro (24 no total), sendo as versões designadas pelo número 24, como em 300 E-24. Toda a linha recebia alterações visuais: os pára-choques (assim como os retrovisores) vinham em cinza-claro, com uma faixa protetora em preto, e as laterais os acompanhavam com uma larga faixa clara em vez do estreito friso preto. E chegavam as versões alongadas, com 5,54 m de comprimento e 3,60 m entre eixos, disponíveis como 260 E e 250 D — mais tarde também 280 E.

Uma expressiva injeção de ânimo para a série W124 vinha em fevereiro de 1991 com uma versão que seria histórica para a marca: o 500 E, sedã de alto desempenho desenvolvido em parceria com a Porsche. O motor V8 de 4.973 cm³, duplo comando (com variador no de admissão) e 32 válvulas, da série M119, era derivado do que equipava o roadster 500 SL. Fornecia potência de 326 cv e torque de 49 m.kgf, o bastante para acelerar de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos — só 0,6 s a mais que o Ferrari V8 da época, o 348.
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Os especiais
Antes de trabalhar em cooperação com a Mercedes-Benz, de 1993 em diante, a alemã AMG era uma preparadora independente de modelos da marca da estrela para as ruas e as pistas — a primeira, aliás, a desenvolver versões de alto desempenho dos motores desse fabricante. E um cupê da série W124 foi um de seus destaques nos anos 80: o 300 CE 6.0 AMG (foto 1), apresentado em 1988.

A empresa já vinha aplicando potentes V8 aos cupês de Stuttgart desde o 280 CE 5.0 AMG, de 1983 (ainda da geração W123), com 5,0 litros e 276 cv. No ano seguinte desenvolvia uma versão de 340 cv, o primeiro motor Mercedes de rua com quatro válvulas por cilindro. Um aumento de cilindrada para 5,6 litros, em 1986, levava o V8 a 360 cv e permitia ao 300 CE 5.6 AMG chegar a 300 km/h — e a brincadeira não parava por ali.

Dois anos mais tarde, uma versão de 6,0 litros e 32 válvulas era lançada no 300 CE 6.0 AMG da nova geração W124, com 385 cv e torque de 57,7 m.kgf. Todo preto, sem detalhes cromados e com grandes rodas com o tradicional desenho da AMG, o cupê denunciava por fora o que trazia sob o capô.

O W124 também contou com ampla oferta de acessórios por diferentes empresas. A Carat Duchatelet (foto 2) fornecia itens aerodinâmicos, rodas esportivas e revestimento interno muito requintado para toda a linha. A Lorinser (foto 3), já tradicional em personalização de Mercedes, e a Zender (foto 4) ofereciam itens externos semelhantes.

A VH Tuning (foto 5) teve uma iniciativa peculiar: adotava uma grade dianteira com emblema circular e removia a estrela do capô, para que o sedã Classe E lembrasse de frente os modelos esportivos da marca, como o roadster SL.

A perua W124 teve ainda versões convertidas para ambulância. Empresas com longa tradição em transformações, a Heuliez e a Binz realizaram em parceria um modelo (foto 6) com base na 250 TD, de motor diesel.
AMG

Carat Duchatelet

Lorinser

Zender

VH Tuning Heuliez/Binz

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