"Martelo de
veludo"
A Mercedes tinha
várias novidades na linha 1990 do Classe E. O motor 3,0 ganhava
cabeçote com duplo comando e quatro válvulas por cilindro (24 no
total), sendo as versões designadas pelo número 24, como em 300
E-24. Toda a linha recebia alterações visuais: os pára-choques
(assim como os retrovisores) vinham em cinza-claro, com uma faixa
protetora em preto, e as laterais os acompanhavam com uma larga
faixa clara em vez do estreito friso preto. E chegavam as versões
alongadas, com 5,54 m de comprimento e 3,60 m entre eixos,
disponíveis como 260 E e 250 D — mais tarde também 280 E.
Uma
expressiva injeção de ânimo para a série W124 vinha em fevereiro de 1991
com uma versão que seria histórica para a marca: o 500 E, sedã de alto
desempenho desenvolvido em parceria com a Porsche. O motor V8 de 4.973
cm³, duplo comando (com variador no de
admissão) e 32 válvulas, da série M119, era derivado do que equipava o
roadster 500 SL. Fornecia
potência de 326 cv e torque de 49 m.kgf, o bastante para acelerar de 0 a
100 km/h em 6,1 segundos — só 0,6 s a mais que o Ferrari V8 da época, o
348.
Continua
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