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Refinamento mecânico: o monobloco de alumínio, primeiro no mundo, resultava em peso 40% menor que um de aço sem prejuízo da rigidez

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Bielas de titânio, leves e resistentes, eram uma primazia do NSX, que também trazia o comando de válvulas variável V-TEC lançado em 1989

Com as rodas dianteiras pequenas e bem avançadas, os pedais vinham bem colocados e havia lugar até para o apoio à esquerda da embreagem. A baixa cabine conseguia oferecer conforto a motoristas de mais de 1,80 metro, fato raro nesse tipo de carro.

Sofisticação técnica  
O NSX foi o primeiro carro em âmbito mundial a usar monobloco totalmente em alumínio, material empregado até no macaco para troca de pneus. O conjunto chassi-carroceria, já com portas, capô e tampa de porta-malas montados, pesava apenas 210 kg ou 40% menos que um similar em aço, sem prejuízo da resistência estrutural ou da segurança em impactos. Alumínio também estava em grande parte da suspensão, como os braços. Seu conceito de braços sobrepostos à frente e atrás era similar ao de carros de competição e havia subchassis nos dois eixos.

Outras inovações eram bielas feitas de titânio (que, mais leves e resistentes, permitiam rotação 700 rpm mais alta, segundo a Honda), sistema antitravamento de freios (ABS) com canais independentes para cada roda, controle eletrônico de tração, para-choques plásticos que reassumiam a forma original depois de pequenos impactos e — por último, mas não menos importante — o comando de válvulas variável V-TEC, até então usado apenas no mercado japonês pelos modelos Integra e Civic CRX SiR de 1989.

O V-TEC (Variable Valve Timing and Lift Electronic Control, controle eletrônico variável dos tempos de distribuição e levantamento de válvulas) consistia em árvores de comando com três ressaltos para cada válvula, dois mais "mansos" nas extremidades e um mais "bravo" no centro. Em rotações baixas e médias, apenas os ressaltos externos atuavam. A partir de 5.800 rpm, o computador do sistema comandava um aumento da pressão do óleo que colocava em funcionamento o ressalto central, alterando os tempos de abertura e também o levantamento das válvulas, para um ganho de 20 cv no pico de potência. Ao V-TEC se aliava o VVIS (Variable Volume Induction System, sistema de admissão de volume variável), que atuava sobre o coletor de admissão, variando sua geometria a 4.800 rpm.

A Honda recorreu ao V-TEC para obter rendimento elevado de um motor leve e compacto de aspiração natural, que se associava ao baixo peso do carro para superar a concorrência em desempenho. Com apenas 3,0 litros e seis cilindros, ele obtinha potência de 273 cv a 7.100 rpm e torque máximo de 29 m.kgf a 5.300 rpm, sendo capaz de atingir 8.000 rpm. O motor contava ainda com injeção multiponto sequencial e ignição direta com uma bobina por cilindro, sistema este presente nos motores Honda de Fórmula 1 antes de chegar aos carros de rua. Assim, o NSX acelerava de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e chegava à velocidade máxima de 270 km/h.

O Ferrari 348 TB lançado no mesmo ano, que estava acima em potência e torque (300 cv e 32,7 m.kgf) com seu V8 de 3,4 litros, alcançava 275 km/h e exigia 5,5 s para o 0-100. Já o Porsche 911 Carrera 2, também renovado na época, conseguia 250 cv e 31,6 m.kgf do seis-cilindros de 3,6 litros, acelerava em 5,9 s e parava em 260 km/h.

Diante da concorrência oriental, o NSX não era menos competitivo. O Nissan 300ZX, com dois turbos no V6 de 3,0 litros, fornecia 300 cv e 39,1 m.kgf, mas era pesado (1.580 kg) e por isso levava 6,5 s no 0-100, com máxima de 250 km/h. O Toyota Supra, na geração lançada em 1993, conseguia 5,5 s e 250 km/h com um seis-em-linha de 3,0 litros bem mais potente que o do Honda (324 cv e 43,5 m.kgf), pois também pesava muito, 1.570 kg. Mais rápido que o NSX, só mesmo o Mazda RX-7 de 1991, com motor Wankel de dois rotores, 1,3 litro e dois turbos: com 255 cv e 30 m.kgf, bastavam 5,2 s para ir de 0 a 100 (os 1.220 kg faziam a diferença), mas com final de 250 km/h. Continua

Nas telas
O NSX apareceu em alguns filmes, mas nunca em posição de destaque como, por exemplo, a de alguns carros da série Velozes e Furiosos.

Um modelo inicial vermelho pode ser visto em Alvo Executivo (Executive Target, 1997), filme de ação norte-americano com Michael Madsen, Roy Scheider, Kathy Christopherson e Angie Everhart no elenco. Madsen faz o papel de um motorista que, junto da esposa (Kathy), é sequestrado por terroristas.

Um modelo prata da mesma época faz uma arrancada enérgica em Pulp Fiction - Tempo de Violência (Pulp Fiction), policial lançado nos EUA em 1994, que traz entre os atores John Travolta, Samuel L. Jackson, Tim Roth, Amanda Plummer e Eric Stoltz e foi dirigido e escrito por Quentin Tarantino. O filme conta três histórias de forma não cronológica.

Há ainda um NSX preto dessa série no documentário também norte-americano Mischief Destroy, de 2003, com uma mensagem nada amistosa ao terrorista Osama Bin Laden em um adesivo na traseira... E outro dessa cor em Max Power: Carnage, documentário de 2004 sobre carros esportivos e personalizados.
 Alvo Executivo  Pulp Fiction - Tempo de Violência
 Mischief Destroy  Max Power: Carnage

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