

Encerrado o processo que
envolvia três motores e 182 metros de fios, o Skyliner tornava-se
semelhante ao Sunliner, outro conversível da linha |
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Faróis duplos e caixa automática
Cruise-O-Matic eram novidades para o Fairlane 1958, que tinha o motor V8
de 5,8 litros como opção superior |
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Para
os menos interessados em descontração e mais em poder sob o pé direito,
a boa notícia era a estreia do motor Thunderbird Special V8 de 312 pol³
com carburador quádruplo e 245 cv, opcional para qualquer versão. Havia
ainda a opção do Special 8V — em alusão aos oito corpos dos dois
carburadores quádruplos — com 270 cv e, se equipado com um
compressor McCullough/Paxton, chegava-se
a 300 cv. Havia mais potência também nos motores 272 (agora com 190 cv)
e 292 (com 212 cv).
Cada vez
mais vigoroso
Embora com a
mesma carroceria básica, os modelos 1958 ganhavam novo aspecto com
faróis duplos (enfim permitidos pela legislação e adotados por várias
marcas), grade maior que lembrava a do novo Thunderbird e grandes
lanternas traseiras horizontais. Pela primeira vez era oferecida a caixa
automática Cruise-O-Matic, ainda de três marchas, que podia operar com
todas elas para aceleração mais rápida ou sair já em segunda para
suavidade e economia. Um sistema de retenção facilitava arrancar em
subidas, dispensando o uso de freio.
Novos V8 de maior cilindrada apareciam com o nome Interceptor, com 332 e
352 pol³ (5,45 e 5,8 litros, na ordem) e potências de 240, 265 e 300 cv;
já o V8 272 deixava de constar da linha. Outra novidade, exclusiva do
Fairlane na gama, era a suspensão com molas a ar — opção que durou só
esse ano-modelo. Avaliado pela Popular Mechanics, o 500 com
motor V8 352 e caixa Cruise-O-Matic acelerou de 0 a 96 km/h em 10,2
segundos, mais rápido que o
Plymouth Belvedere V8 318, mas não tão ágil quanto o
Chevrolet Bel Air V8 348.
E foi considerado, "em geral, um carro inteiramente satisfatório. A Ford
combinou um motor de grande cilindrada a um eixo traseiro com relação
favorável à economia. O novo câmbio de três marchas é praticamente
idêntico ao Ford-O-Matic, exceto pelos controles". Seu conforto de
marcha foi julgado o melhor entre os três modelos. A conclusão do teste
foi que o "o carro ideal seria um com o espaço e a facilidade de manobra
do Chevrolet, o excepcional comportamento dinâmico do Plymouth, e a
potência e a caixa automática do Ford".
Uma remodelação visual vinha para 1959, com destaque para as lanternas
traseiras circulares. Fairlane e Fairlane 500 agora ocupavam posição
intermediária na marca, acima do Custom 300 e abaixo do
Galaxie, mas o entre-eixos de três metros
era comum a todos. A Popular Mechanics analisou um Fairlane
500 com o menos potente dos V8, que acelerou de 0 a 96 km/h em 16,8
segundos. O resultado foi considerado "relativamente modesto devido ao
uso do menor motor V8 nesse carro pesado. A economia foi bastante boa,
considerando seu peso, mas a direção é lenta demais. Não seria preciso
usar uma relação tão alta em um carro com direção assistida".
O Fairlane 1960 aderia à tendência por estilos sóbrios em Detroit, com
para-brisa e vidro traseiro pouco envolventes, quatro faróis incrustados
na ampla grade, lanternas traseiras em forma de meia lua e uma saliência
que ligava os para-lamas da frente aos de trás, passando por cima das
maçanetas. Com a chegada do Falcon para o
segmento de compactos, a Ford estava à vontade para fazer crescerem seus
carros grandes: comprimento e largura aumentavam em mais de 12 cm e o
entre-eixos passava a 3,02 m. Os motores 223 (seis cilindros), 292 e 352
(V8) estavam no catálogo. A linha seguinte perdia as saliências laterais
(restando discretas aletas na traseira) e ganhava uma grade côncava, que
destacava os faróis. Os carros estavam também um pouco mais curtos.

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