

Origem japonesa, motores de
quatro cilindros, linhas sóbrias: o "belo GT importado" da Dodge não
honrava as tradições do nome Challenger |
De olhos puxados
Quatro anos
depois, porém, o nome Challenger aparecia ressuscitado pela Dodge e
colado à carroceria de um cupê fabricado no Japão pela Mitsubishi, uma
heresia para os fãs do carro-pônei original. As duas marcas mantinham
uma parceria, onde o novo Challenger era uma versão do
Galant Lambda GSR vendido na terra
do sol nascente.
As linhas estavam em consonância com o que vigorava à época: traços
retilíneos, frente baixa com dois pares de faróis retangulares,
para-choques cromados, boa área envidraçada. A mecânica adotava
suspensão McPherson à frente e continuava com eixo rígido atrás, desta
vez com molas helicoidais. O motor básico era um quatro-cilindros de 2,0
litros com comando de válvulas no cabeçote
e discretos 77 cv. Outra opção, com 2,6 litros, entregava 106 cv. Para
esse propulsor havia um sistema de árvores
de balanceamento, inovação da Mitsubishi, que anulava as vibrações
inerentes a um quatro-cilindros de tão alta cilindrada (650 cm³ por
cilindro). O câmbio podia ser manual de cinco marchas ou automático de
três.
Os principais concorrentes eram o Honda
Prelude, o Toyota Celica e o
Nissan 200 SX, outros sucessos nipônicos que invadiram os EUA no
período. A revista Car and Driver, em um teste da época,
enalteceu a eletrônica e o conforto do novo modelo. "No minuto em que
você entra e gira a chave, você é convidado a relaxar, onde os
sofrimentos dos carros pequenos não predominam". Sobre o motor de 2,6
litros e longo curso de pistões, a publicação elogiava a suavidade: "Em
outra época, esta combinação traria ruídos, vibrações e asperezas". As
mudanças do discreto Dodge foram pequenas com o passar dos anos. A mais
importante foi a adoção do motor 2,6 como padrão da linha. Em 1984 o
nome Challenger desaparecia outra vez. Seria a morte derradeira?
Continua
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