Esportivo básico

Compacto e simples, mas charmoso e eficiente,
o Celica conquistou seu lugar nas ruas e nas pistas

Texto: Marcelo Ramos - Edição: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A indústria automobilística japonesa foi uma das maiores surpresas na economia mundial na segunda metade do século XX. Os nipônicos se tornaram exímios construtores de automóveis e produziram modelos de sucesso que romperam facilmente suas fronteiras. Um desses é o Toyota Celica, que apesar de pouco conhecido no Brasil, é um ícone da marca nos Estados Unidos, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Europa.

No final da década de 60 a Toyota produzia o cupê esporte 2000 GT, de grande desempenho mas bastante caro. Em dezembro de 1970 era lançado o Celica, que tem o nome derivado da palavra "celestial" em espanhol. Baseado no sedã Corona, era um carro esportivo voltado para o publico jovem: apresentava uma motorização modesta e acabamento simples, mas que atendiam às necessidades da época.

Em 1970, o primeiro Celica: um cupê de três volumes com linhas sóbrias e elegantes, claramente inspiradas nos primeiros Mustangs e Camaros

A motorização do modelo comercializado nos EUA sempre foi diferente dos demais mercados. A primeira versão européia possuía um motor de 1,6 litro e dois carburadores, que produzia 116 cv. No Japão havia até um 1,4-litro. Já o modelo "americanizado" utilizava um motor de 1,9 litro, 16 válvulas e 108 cv, que também garantia bom desempenho -- com a vantagem do maior torque em baixa rotação, bem ao gosto local.

Com motor longitudinal e tração traseira, o Celica trazia uma suspensão mais elaborada que a do Corona: em vez de molas semi-elíticas, o eixo traseiro rígido usava molas helicoidais e barra Panhard. A dianteira era McPherson. Os freios usavam discos à frente e duplo circuito, a direção tinha relação variável e coluna retrátil. A segurança estava também na estrutura com seções dianteira e traseira de deformação programada.

A base mecânica era a do sedã Corona, mas com suspensão traseira diferente. Um motor 1,9 de 16 válvulas e 108 cv equipava o modelo para o mercado americano

No interior havia bancos reclináveis de encosto alto (com revestimento parcial em vinil, "para longa durabilidade" segundo a marca), console central e simulação de madeira no aro do volante (de três raios), pomo do câmbio e parte do painel. Os instrumentos, colocados em cinco módulos separados, acentuavam a esportividade e o relógio vinha no console. Continua

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Data de publicação: 8/3/03

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