Com a crise do petróleo na década de 70, o Celica logo se transformou em um sucesso de vendas, pois os motoristas procuravam esportivos com motores de baixa cilindrada e menor consumo. Seu estilo despojado lembrava os primeiros Mustangs e Camaros dos anos 60. Era um cupê 2+2, com pára-choques integrados, grupo ótico duplo e tampa de combustível entre as lanternas traseiras.

O interior do modelo de 1970: volante esportivo, muitos instrumentos, alavanca de câmbio elevada, apliques que simulavam madeira

Já em 1972 chegava a opção de transmissão automática e o tanque de combustível era movido da parte traseira para a central, mais segura em caso de colisão por trás. Dois anos depois a Toyota lançava o Celica GT que, devido às leis rigorosas de emissões de poluentes em vigor nos EUA, desenvolvia apenas 97 cv com o motor de 2,0 litros e 16 válvulas. A taxa de compressão fora reduzida em relação ao modelo japonês original.

No ano seguinte a cilindrada passava a 2,2 litros e o cabeçote ganhava fluxo cruzado de gases, para menores emissões. Também em 1975, no Salão de Chicago, era apresentada a versão liftback do Celica GT -- de início apenas para sondar a reação dos americanos a essa opção de traseira, introduzida em 1973 no Japão.

A semelhança com o Mustang só aumentou com a introdução da versão liftback, cuja traseira inclinada parecia uma cópia do Mustang fastback de 1969

Um ano depois estava à venda nos EUA, onde ficaria consagrado como "o Mustang da Toyota", tanto pelo estilo, inspirado no Mustang fastback de 1969, quanto por detalhes como as três lanternas verticais, famosas no pony car da Ford. Em 1976 a revista americana Motor Trend lhe conferia o título de carro importado do ano -- títulos como este continuariam a acompanhar suas evoluções até hoje. Continua

Os especiais
O Celica serviu como base para algumas transformações e modelos especiais, executados tanto por empresas independentes quanto pela própria Toyota. Uma das conversões era o Sunchaser, um Celica conversível de primeira geração (foto superior) executado na Flórida, EUA, pela empresa Griffith, mantendo um arco de proteção atrás dos bancos dianteiros. A mesma firma oferecia o TX22 Sport (centro), um modelo liftback com seções removíveis da capota, isto é, uma configuração targa.

Há pouco, no início de 2003, a Toyota anunciou sua participação nas provas de arrancada com dragsters da NHRA, nos Estados Unidos, na categoria Funny Car -- carro engraçado, como se percebe pela curiosa aparência dos competidores. Denominado Celica, mas sem qualquer semelhança com o cupê das ruas, o Funny da Toyota (foto inferior) tem motor V8 alimentado por nitro, mais de 6.000 cv de potência, velocidade máxima superior a 500 km/h e aceleração de 0 a 400 metros -- o famoso quarto-de-milha americano -- em menos de cinco segundos!

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