
Um dos Firebirds mais conhecidos das telas é o da série The
Rockford Files, que teve o nome no Brasil de Arquivo
confidencial e durou seis anos, de 1974 a 1980. O famoso ator
James Garner vive o papel do detetive Jim Rockford. Dentro de seu
Firebird Sprint 400 dourado, ano 1974 (acima), mantém apetrechos
como cartões de visita falsos e artefatos para disfarces
improvisados. Ele faz o papel de um detetive que já foi preso
injustamente. A série fez muito sucesso aqui, nos Estados Unidos e
em países da Europa. Diferente, tem poucos tiros e mais
inteligência e perspicácia.
Também famoso é o Firebird da série de três filmes Agarra-me se
puderes (Smokey and the bandit), de 1977, uma comédia com
muita ação. Ficou bem conhecido no Brasil nos anos 80, quando a
Rede Globo o exibia periodicamente, numa época em que os filmes
estrangeiros demoravam até 10 anos para ser exibidos aqui. Com o
Trans Am preto (abaixo) o ator Burt Reynolds faz acrobacias
excepcionais. Também nele está a famosa atriz Sally Field.

O carro é usado para,
junto com um caminhão, contrabandear cervejas de um estado para
outro nos EUA, em uma aposta de muitos milhares de dólares. Quem
dirige o caminhão é o cantor country Jerry Reed. Foram
usados seis carros no primeiro filme — por sinal, o melhor deles.
O filme foi tão popular por aqui nos anos 80 que incentivou até um
kit de transformação para o
Monza nacional, com a frente em cunha vazada e quatro faróis
retangulares, ao estilo do Pontiac.
Um dos pegas mais destacáveis do cinema está no filme The
Driver, de 1978, estrelado por Ryan O'Neal, Bruce Dern e a
bela francesa Isabelle Adjani. Há pegas muito bons, com belas e
arrojadas manobras do princípio ao fim na cidade de Los Angeles,
na Califórnia. Consta que Steve McQueen teria sido indicado para
viver o papel principal, mas O'Neal, que havia feito vários cursos
de pilotagem por conta própria, dirigiu muito melhor. No meio do
filme ele aparece em um Firebird preto. Ao final, junto com
Isabelle, está a bordo de um picape Chevrolet vermelho muito
potente e tem um combate feroz com um |
Trans Am 1976 (abaixo) equipado com motor 455 SD, branco com
faixas decorativas. Quem pilota o Firebird é poupado após o
acidente, pois também é um driver de gabarito. Talvez este
seja o melhor pega do filme.

Num dos últimos de John
Wayne, de 1974, que se chama McQ, ele interpreta um
detetive durão já aposentando. Em algumas cenas dirige um Firebird
Trans Am verde 1973. E tem boas perseguições no filme, que teve
inspiração em Operação França.
O grande McQueen vive em The Hunter, de 1980, um caçador de
recompensas. E faz papel de um "navalha". Numa de suas caçadas,
usa um Firebird 1979 preto alugado, mas pergunta antes se não
tinham um carro mais velho. Neste carro, em uma perseguição no
meio de uma plantação, tenta escapar sem sucesso de uma
colheitadeira. O carro é esmagado, mas ele escapa. Ótimo filme.
Outra aparição do Firebird nas telas que não pode ser esquecida
foi o seriado Knight Rider (no Brasil, Supermáquina),
onde um Trans Am preto (abaixo), chamado KITT (sigla para Knight
Industries Two Thousand, ou 2000), contracenava dialogando com seu
motorista Michael Knight (David Hasselhoff). Entre suas
capacidades estava a de resgatar o dono, em situações de perigo,
ao chamado feito por ele em um intercomunicador disfarçado em seu
relógio de pulso.

Nas cenas de ação, bastava
ao motorista acionar o botão Turbo para o carro voar —
literalmente. Na frente, duas seqüências de luzes vermelhas
piscando, que se encontravam e se afastavam, eram uma
característica do carro. O que se viu de luz suplementar de freio
montada na grade de carros nacionais para tentar imitar a idéia...
Francis
Castaings e Fabrício Samahá |