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Carros do Passado
A curiosa versão de cabine dupla, lançada em 1963: três portas, sendo a traseira com abertura invertida e apenas do lado direito

Em 1963 aparecia a interessante versão de cabine dupla e três portas, sendo que a traseira única, do lado direito, se abria em sentido oposto às dianteiras. Era o mesmo princípio das atuais cabines estendidas, como a do Ranger Supercab, só que mantendo a coluna central e permitindo a abertura independente da porta traseira, razão de seu apelido mundial como "suicida".

Dois anos depois a linha era dividida entre as versões Rancheiro, utilitária, e Passeio, mais luxuosa e com suspensão mais macia. A frente recebia alterações, em que a grade perdia o relevo central ligando os faróis. Em seu lugar aparecia a palavra Ford ou, na versão Passeio, um pequeno emblema vertical com o mesmo nome. Esta versão oferecia também pintura em dois tons, com divisão na linha de cintura da carroceria, a chamada "saia-e-blusa". No ano seguinte era introduzida a opção de tração nas quatro rodas.

O F-100 Passeio: suspensão mais macia, melhor acabamento e pintura "saia-e-blusa", visando ao motorista urbano

Suspensão Twin-I-Beam   Em 9 de outubro de 1967 a Ford assumia o controle acionário da Willys-Overland do Brasil S.A., fabricante dos modelos Aero-Willys, Itamaraty, Jeep, Rural e F-75. Dela absorvia a fábrica do Taboão e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento do bairro de Rudge Ramos, ambos em São Bernardo do Campo, SP. A unidade de Taubaté, no interior paulista, seria inaugurada em 1974.

Em maio de 1968 o F-100 sofria uma remodelação frontal. Ficava mais atual, com uma grade larga e faróis oblongos (retangulares com cantos arredondados), embora o restante da carroceria fosse o mesmo. O logotipo Ford estava na parte frontal do capô. Na mecânica, o destaque era a suspensão dianteira independente do tipo Twin-I-Beam, composta por semi-eixos oscilantes e molas helicoidais.
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A versão Rancheiro permanecia fiel à proposta de utilitário, com acabamento mais simples e suspensão mais reforçada
Em escala
Na falta de modelos brasileiros, o colecionador pode recorrer a miniaturas da série F americana, em geral muito parecida com nossos picapes.

A ERTL fez uma versão street rod do F-100 de 1956, similar ao primeiro modelo brasileiro, em 1/18. Na cor laranja, vinha com rodas largas e baixas e suspensão rebaixada, além de interior e motor detalhados. O modelo convencional vinha em preto (acima), na mesma escala.

No catálogo da Matchbox em 1966 já constava o Ford Pickup (acima), vermelho, com caçamba stepside, rodas esterçantes e imitação de capota de lona branca. Media 71 mm de comprimento. Anos mais tarde, em 1977, estava lá um amarelo, de caçamba comum, com adereços de zoológico e um leão dentro de um vidro no lugar da capota. Era o Wild Life Truck.

Mais antigo, mas também parecido com os primeiros brasileiros, era o F-100 de 1953 reproduzido pela K-Line (acima), em escala 1/43 e na cor vermelha. Era um modelo original, com detalhes imitando cromados, rodas vermelhas, pneus com banda de rodagem e interior cinza.

A série Hot Wheels da Mattel incluiu um F-150 modelo 1979, em escala 1/60, com caçamba longa, capota preta e decalques nas laterais. Também a Maisto fez um modelo igual ao nosso, em 1/43, na cor branca com decoração lateral.

O último modelo do F-1000 pode ser encontrado em kit para montar. A AMT/ERTL fabrica o F-150 americano de 1993 (acima), já com a frente que aqui chegaria em 1996, em escala 1/25 e com nível de dificuldade 2. Feito em plástico, vem com dois jogos de rodas, interior e motor detalhados.

por Fabrício Samahá e Francis Castaings

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