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Mais cabine, mais portas

Cabine estendida com portas adicionais diferencia
o Ranger Supercab num mercado concorrido

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Nos Estados Unidos, país dos utilitários, picapes de todas as marcas oferecem infinitas combinações de cabine, caçamba, motorização, câmbio, tração e acabamento. No Brasil, em nome da economia de escala, os fabricantes optam por produzir apenas algumas versões que possam atender à demanda mais significativa.

Só S10 e Dakota oferecem câmbio automático, mas esta não tem versão 4x4 -- em contrapartida, é a única com opção de motor V8. Já em se tratando de cabines, a oferta mais variada é do Ford Ranger, único a dispor de configurações simples, dupla e estendida, esta denominada Supercab.

O equilíbrio do estilo do Ranger não foi prejudicado com a cabine mais longa. Desde 1999 o pára-choque traseiro vem cromado, como a grade e o dianteiro
Relançada no ano passado (existiu entre 1995 e 1997 no modelo importado), na mesma época em que a GM retirava essa versão da linha S10 (gerando dúvida sobre qual das marcas estaria certa), a nova cabine estendida do Ranger trouxe ao Brasil uma novidade: duas portas traseiras, que se abrem apenas com as dianteiras já abertas, criando um amplo vão de acesso, sem coluna central. Tendência recente nos EUA, inclusive em picapes pesados, as quatro portas acrescentam versatilidade.

O estilo robusto do Ranger não sofreu com o alongamento da cabine -- para alguns, pelo contrário, tornou-se mais equilibrado. Como não há maçanetas externas para as novas portas, pois ficam nas colunas, as laterais são "limpas". A caçamba utilizada é a da versão de cabine simples, maior que a da dupla, tornando a Supercab ainda mais longa (cerca de 10 cm) que esta última.

Os banquinhos traseiros só levam crianças, mesmo assim sem muito conforto. Melhor rebatê-los e usar o espaço adicional para transportar bagagem, com mais segurança e proteção.

Posição de dirigir poderia melhorar com ajuste de altura e de apoio lombar do banco, como no S10

Como ocorria com o S10, os banquinhos adicionados ao espaço traseiro são suficientes apenas para crianças, ou para adultos em percursos (muito) curtos. Como se sentam lateralmente, os passageiros dispõem de pouco conforto para os ombros -- para pernas e costas, nem se fala. Como o vão de acesso é estreito, os encostos dianteiros se dobram e o assento do passageiro da frente se afasta, exigindo novo ajuste de distância ao retornar. Fora de uso, os banquinhos podem ser rebatidos e os cintos recolhidos.

Melhor mantê-los assim e usar o Ranger como um dois-lugares, destinando o espaço adicional para bagagens, que então viajam protegidas das intempéries e do fácil acesso de terceiros. A parte interna das novas portas acomoda objetos e possui alto-falantes que dão boa qualidade ao sistema de áudio, com toca-CD. Podem-se reclinar os bancos se necessário e acessar a bagagem pela ampla abertura lateral. E a janela traseira fica bem mais distante, evitando o tradicional desconforto do sol na nuca.

De fora nem se percebem as portas adicionais, pois as maçanetas são montadas na coluna das próprias portas, com acesso apenas ao se abrirem as dianteiras

Sem olhar para trás, o motorista se sente num Ranger conhecido. Os tons claros do interior agradam neste país tropical, o volante é regulável em altura e sob o apoio de braço central há amplo espaço para objetos, além dos quatro (!) porta-copos dianteiros. O painel, de fácil leitura, inclui voltímetro e manômetro de óleo, além de o marcador de nível de combustível permanecer ligado sempre. Continua

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