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Comparativo Completo
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C4 Pallas: melhores aceleração e velocidade, apesar do peso elevado

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Linea: desempenho na média do grupo e menor consumo na cidade

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Focus: modesto em aceleração, bom em máxima, correto em consumo

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Corolla: vencedor em economia na maior parte das condições de uso

Mecânica, comportamento e segurança

Os motores são similares em concepção, com duplo comando, quatro válvulas por cilindro e cilindrada entre 1,8 e 2,0 litros, mas há diferenças. Corolla e C4 usam variador do comando, enquanto o Focus tem coletor de admissão variável; o Linea fica sem qualquer desses recursos. Só o Ford não é flexível, mas isso não implica menor taxa de compressão, que é até mais alta que a do Toyota. E sua relação r/l é a melhor do grupo, fator para suavidade de funcionamento (leia abaixo mais sobre técnica).

Tudo considerado, o Pallas lidera em potência e torque, com 143/151 cv e 20,4/21,6 m.kgf (gasolina e álcool, na ordem), ante 145 cv e 18,8 m.kgf do Focus (o mais potente, mas só com gasolina), 132/136 cv e 17,3/17,5 m.kgf do Corolla e 130/132 cv e 18,1/18,6 m.kgf do Linea. Mesmo que tenha de lidar com peso pouco maior, o motor do Citroën brilha pela agilidade em baixa rotação, que torna o dirigir muito agradável, como se tivesse cilindrada superior. O Linea desempenha bem em médios regimes, mas parece ter um "buraco" antes de 2.000 rpm, notado pelo ganho de desenvoltura assim que essa marca é superada. No Focus e no Corolla, embora satisfatório, o motor já não tem o brilho das gerações anteriores, que eram bem mais leves.

A simulação de desempenho do Best Cars apontou relativo equilíbrio. Em velocidade máxima o C4 está pouco à frente e o Corolla pouco atrás de Linea e Focus; em aceleração há alguma vantagem para o Pallas, outra vez, mas com o Focus em último; e em retomadas com reduções automáticas o Corolla sobressai ao lado do C4. Já em consumo a vantagem foi do Toyota em parte das condições de uso, mas do Fiat e do Ford em outras, lembrando-se que o Focus não pode rodar com álcool (veja os resultados da simulação e a análise detalhada).

O Corolla melhorou muito em absorção de vibrações nesta nova geração, que deixa para trás os tempos de incômoda aspereza em altos regimes. O C4 e o Linea têm operação algo áspera nas rotações elevadas, ao contrário do Focus, que é o mais prazeroso para se levar o contagiros ao limite eletrônico, de 6.800 rpm em seu caso. Algo que incomoda no Fiat é uma soma de ruídos de aspiração e escapamento em médios regimes, como na faixa de 3.000 a 3.500 rpm muito usada em rodovia. Se ao ser acelerado pode até agradar pelo toque esportivo, em viagens cansa logo.

O Linea é o único do grupo — e da categoria, por enquanto — a usar caixa manual automatizada, de cinco marchas, em vez de uma automática convencional com conversor de torque. Nele o motorista escolhe entre mudanças manuais pela alavanca seletora (sobe para trás, reduz para frente) e automáticas e pode selecionar o modo esportivo, que faz trocas automáticas em rotação mais alta e, no modo manual, efetua mudanças em menor tempo. Não há opção de comandos do tipo borboleta junto ao volante, como oferecidos no Stilo, mas a alavanca permite trocas manuais mesmo quando está em modo automático.

Os demais usam automáticos de quatro marchas, com algumas diferenças. O Focus permite trocas manuais pelo mesmo esquema do Linea — e usado pela BMW, mas diferente do adotado pela maioria das marcas. O Pallas também traz modo manual, mas com redução para trás e troca ascendente para frente, além de oferecer modos esportivo e para pisos de baixa aderência (usa marchas mais altas para menor potência nas rodas). No Corolla há apenas o modo automático, sem qualquer seleção de funcionamento ou modo manual. Continua

Comentário técnico
> O único novo motor no grupo — o do Linea — é, curiosamente, o mais simples em recursos técnicos, sem o variador do comando de válvulas de admissão de C4 e Corolla, o coletor de admissão variável do Focus ou o bloco de alumínio de Focus e Corolla. Embora a Fiat garanta que se trata de projeto a partir do zero, fontes afirmam que foi desenvolvido a partir do 1,6-litro já usado nas linhas Palio e Brava/Marea. Tanto que o diâmetro de cilindros é o mesmo, tendo apenas o curso dos pistões aumentado para que a cilindrada crescesse de 1.580 para 1.839 cm3.

O motor argentino de 1,5 litro (conhecido por Sevel, nome da empresa que representava a Fiat no país platino) lançado em 1985 no Prêmio media 86,4 mm de diâmetro por 63,9 mm de curso; a versão de 1,6 litro adotada na linha 1990 do Uno passou a 86,4 x 67,4 mm, medidas mantidas no Palio 16V e até no Brava 2000/2001. Uma variação deste motor foi o de 1,4 litro com turbocompressor do Uno Turbo, com 80,5 x 67,4 mm.

No Brava 2002 apareceu o motor chamado de Corsa Lunga, em alusão ao curso mais longo dos pistões para favorecer o uso em baixa rotação: a arquitetura passou a 80,5 x 78,4 mm. No Linea, afinal, o curso mais longo da família (78,4 mm) foi combinado ao maior diâmetro já usado (86,4 mm) para resultar em aumento de cilindrada. Se o bloco é realmente novo como afirma a Fiat, tudo pode ser uma grande coincidência...

> Os demais modelos mantêm os motores dos antecessores. O Corolla traz a unidade lançada na geração de 2002, apenas modificada para flexível e com nova calibração eletrônica para atender às normas de emissões poluentes. No Focus está o Duratec adotado em 2002 no Mondeo, um ano depois no EcoSport e em 2005 no próprio Focus.
Nesta geração ganhou coletor variável e maior taxa de compressão. E o Pallas tem o motor inaugurado ainda no Xsara e na Picasso, melhorado anos depois com variador do comando de admissão e agora também flexível.

> É do Focus a melhor relação r/l, atributo importante para o rendimento e a suavidade de operação: 0,298 ante 0,303 do Linea, 0,312 do Corolla e 0,316 do Pallas.

> O Focus é o único no grupo a usar suspensão traseira independente do tipo multibraço, de grande eficiência e montada sobre subchassi. Os demais têm eixo de torção. Saiba mais sobre cada tipo de suspensão.

> A assistência eletroidráulica de direção permitiu à Ford adotar três programas de funcionamento no novo Focus: conforto, normal e esportivo. O "peso" da direção cresce com a velocidade em qualquer dos programas, mas o programa esportivo a mantém sempre mais pesada que o normal, e este mais pesada que no modo de conforto.

A diferença de peso é acentuada com o carro parado (o esportivo requer o dobro do esforço do conforto para girar o volante) e assim permanece até 30-35 km/h, quando os três programas passam a se aproximar mais. A 80 km/h, o esportivo ainda exige 65% mais esforço que o conforto; a 120 km/h são 30% a mais, e a 180 km/h, 20% a mais. O modo esportivo estabiliza-se no maior peso já a 120 km/h, enquanto os demais continuam a ficar mais pesados até 180.

Outro recurso da direção do Focus é alterar seu peso — em qualquer dos programas — conforme a velocidade com que é girado o volante. Se a velocidade desse movimento for muito alta, a direção se torna bem mais leve com o objetivo de facilitar manobras de emergência.

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