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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
Quando o menos potente (o City) é também o mais leve e o de melhor aerodinâmica, a simulação do Best Cars elaborada pelo consultor Iran Cartaxo ganha importância para apontar pequenas diferenças em desempenho.

O Corolla fez valer sua maior potência com uma vantagem bem perceptível em velocidade máxima. Contribuiu a boa aerodinâmica, ponto que prejudica o Linea e o deixa em empate técnico ao City, embora este conte com cerca de 15 cv a menos. O Honda tem a menor resistência ao ar e ainda conta com pneus 20 mm mais estreitos, o que permite manter 120 km/h com o menor consumo de potência.

O resultado do Fiat seria pior, não fosse o ótimo acerto de câmbio em função da velocidade: fica exatamente no regime de potência máxima, 5.750 rpm. O Corolla também está exato nesse cálculo, pela oscilação de 50 rpm em torno do pico de potência (6.000 rpm), enquanto o City revela acerto de carro esportivo: vai 250 rpm acima do pico, que surge também a 6.000. A consequência é a rotação muito alta a 120 km/h, superior em 350 rpm às dos oponentes.

A relação peso-potência do Corolla também lhe garantiu vantagem nas acelerações, com o Linea pouco à frente do City. Nas retomadas, o torque adicional em baixa rotação do Fiat rendeu-lhe a dianteira em parte das provas, perdendo em outras para o Toyota. O torque modesto do Honda determinou o último lugar, com a ressalva de que as diferenças não são grandes.

O trinômio menor cilindrada-menor peso-melhor aerodinâmica, por sua vez, assegurou ao City o menor consumo de combustível em todas as condições simuladas, com o Corolla em segundo. Também aqui as diferenças foram discretas, como 1 km/l com álcool ou 1,3 km/l com gasolina entre o melhor e o pior no ciclo rodoviário. Nesta edição incluímos na tabela a autonomia calculada para cidade e estrada, com desprezo de 10% como margem de segurança, e o Honda decepcionou: apenas 348 km entre abastecimentos na estrada. Não resta dúvida de que 42 litros são muito pouco para um carro que usa álcool.
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  Linea City Corolla
gas. álc. gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima 193,3 km/h 193,9 km/h 192,2 km/h 192,4 km/h 201,7 km/h 204,3 km/h
Regime à velocidade máxima (5a.) 5.750 rpm 6.250 rpm 5.950 rpm 6.050 rpm
Regime a 120 km/h (5a.) 3.550 rpm 3.900 rpm 3.550 rpm
Potência a 120 km/h 31 cv 27 cv 28 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,4 s 11,3 s 11,7 s 11,6 s 10,8 s 10,6 s
Aceleração de 0 a 400 m 18,0 s 17,6 s 18,0 s 17,9 s 17,4 s 17,2 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 32,8 s 32,4 s 32,8 s 32,7 s 32,0 s 31,4 s
Retomada de 80 a 120 km/h em 5ª. 16,3 s 15,4 s 16,7 s 16,2 s 15,9 s
Retomada de 80 a 120 km/h em 4ª. 11,0 s 10,8 s 12,7 s 12,2 s 12,0 s
Retomada de 80 a 120 km/h em 3ª. 8,3 s 8,0 s 8,5 s 8,0 s 7,8 s
Retomada de 60 a 100 km/h em 4ª. 11,1 s 10,6 s 12,6 s 12,5 s 12,3 s
Retomada de 60 a 100 km/h em 3ª. 7,4 s 8,6 s 7,8 s 7,7 s
Consumo em cidade 8,3 km/l 5,8 km/l 9,0 km/l 6,4 km/l 8,4 km/l 6,1 km/l
Consumo em estrada 11,6 km/l 8,2 km/l 12,9 km/l 9,2 km/l 12,4 km/l 9,0 km/l
Consumo a 60 km/h 13,6 km/l 9,7 km/l 14,6 km/l 10,5 km/l 13,8 km/l 10,1 km/l
Consumo a 80 km/h 12,1 km/l 8,6 km/l 13,4 km/l 9,6 km/l 13,1 km/l 9,5 km/l
Consumo a 100 km/h 10,6 km/l 7,6 km/l 12,2 km/l 8,7 km/l 11,8 km/l 8,6 km/l
Consumo a 120 km/h 9,3 km/l 6,6 km/l 10,7 km/l 7,7 km/l 10,2 km/l 7,5 km/l
Autonomia em cidade 448 km 313 km 340 km 242 km 454 km 329 km
Autonomia em estrada 626 km 442 km 488 km 348 km 670 km 486 km
Melhores resultados em negrito; conheça o simulador e os ciclos de consumo
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Em aceleração e velocidade máxima o Corolla foi superior; em consumo, a vantagem foi do City; o Linea teve equilíbrio geral e boas retomadas
Dados dos fabricantes
  Linea City Corolla
gas. álc. gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima 186 km/h 188 km/h ND ND
Aceleração de 0 a 100 km/h 10,7 s 10,5 s
Consumo em cidade 11,5 km/l 8,1 km/l
Consumo em estrada 15,3 km/l 10,7 km/l
ND = não disponível
Comentário técnico
> O City mantém o motor de 1,5 litro da série L, inaugurada pela Honda em 2001 com o Fit/Jazz em mercados mundiais e que conta também com versões de 1,2 e 1,35 litro (apenas a segunda usada no Fit nacional). A unidade conta com quatro válvulas por cilindro e sistema de variação de seu tempo de abertura e levantamento, o chamado i-VTEC. Em baixas rotações a segunda válvula de admissão abre muito pouco, para que o motor praticamente atue como se tivesse 12 válvulas. Em função da rotação e da carga (abertura de acelerador) a que o motor é submetido, o sistema hidráulico atua sobre o solenoide que controla a vazão do óleo do motor para os balancins conectados às válvulas, fazendo com que a outra válvula de admissão também se abra por inteiro, para melhor admissão da mistura pelos cilindros.

> No Corolla, o motor de 1,8 litro da série ZZ — usado em vários modelos da marca japonesa e fornecido para outros usos, como no Lotus Elise e no Pontiac Vibe — foi mantido da geração anterior e traz variador apenas de tempo de abertura das válvulas, chamado de VVTi. Mais simples e barato que o i-VTEC, obtém sua variação ao alterar a posição do comando conforme a rotação e a carga.
De concepção simples, a unidade de 1,85 litro do Linea pode ser considerada uma evolução da de 1,6 litro e 16 válvulas lançada em 1996 no Palio, embora a Fiat informe que o bloco é novo. Não tem variação de comando ou de coletor de admissão.

> Dos três motores, apenas o do Corolla tem a relação r/l conhecida: 0,312, acima do limite convencionado de 0,3. Os demais fabricantes não informaram a dimensão (comprimento de bielas) necessária para seu cálculo, mas pela percepção ao dirigir se pode estimar que o do City atenda ao limite de 0,3, e o do Linea, não.

> Os conceitos de suspensão adotados são maioria na produção nacional: McPherson na frente e eixo de torção na traseira, com molas helicoidais em ambos os casos. Nada de refinamentos como o conjunto multibraço do Focus ou o de braços sobrepostos do Civic. No Corolla foi mantido o esquema da geração anterior, mas o Linea indica retrocesso diante do Marea, cuja suspensão traseira era independente por braços arrastados e contava com subchassi (saiba mais sobre os tipos de suspensão).

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