> Depois de manter o motor
lançado na geração anterior, em 2002, para o atual Corolla
apresentado em 2008, a Toyota o substitui na linha 2012 por uma
nova unidade de 1,8 litro, da mesma família do 2,0-litros
apresentado no ano passado, com o qual compartilha o diâmetro
dos cilindros. O curso dos pistões diminuiu em relação ao
antecessor, mas ainda é maior que o diâmetro: agora 80,5 x 88,3
mm, antes 79 x 91,5 mm.
Do 2,0-litros o novo 1,8 toma emprestados vários
aperfeiçoamentos: variação do tempo
de válvulas também para as de escapamento (origem da
denominação Dual VVT-i), em vez de apenas nas de admissão;
taxa de compressão de 12:1,
contra modestos 10:1 do antigo; velas de irídio; tuchos
hidráulicos, que dispensam a arcaica regulagem de folga de
válvulas; e acionamento de válvulas
por alavancas roletadas, para menores atrito e consumo. O
comando ainda é movido por uma corrente (como no Civic),
preferível à correia dentada (caso do Jetta) do ponto de vista
da confiabilidade. A caixa automática é a mesma de antes, mas o
diferencial está 2,5% mais longo.
> Se o Corolla é um carro conhecido com um novo motor, o Jetta é
o oposto: um novo automóvel, mas que herda do antecessor (o
Bora) a unidade de 2,0 litros e duas válvulas por cilindro,
inaugurada por aqui em 1998 com o Golf e parente do AP-2000
usado pela VW desde os anos 80. Apesar de evoluções como o
aumento da taxa de compressão por ocasião da mudança para
flexível em combustível, o veterano motor não tem como se
equiparar aos adversários em
potência específica. Mesmo assim, algum desenvolvimento a
mais poderia ser feito, como prova a General Motors com motor de
concepção semelhante que obtém 140 cv com álcool. |
> Tanto quanto o Corolla, o
Civic tem motor com quatro válvulas por cilindro, bloco de
alumínio (mais leve e eficiente na dissipação de calor que o de
ferro fundido, caso do Jetta) e variação da atuação das
válvulas. Nesse último aspecto a Honda vai além, pois faz variar
não só o tempo, como também o levantamento. O sistema i-VTEC
ainda retarda o fechamento de uma das válvulas de admissão em
certas condições (abertura parcial do acelerador e rotação de
1.000 a 3.500 rpm), para maior economia de combustível.
> Um aspecto em que o motor do Civic sobressai é a
relação r/l, importante fator
para a suavidade de funcionamento , com o ótimo valor 0,277. A
relação do Corolla depende de dado técnico ainda não fornecido
pelo fabricante. Quanto à do Jetta, embora a VW se tenha negado
a fornecer a mesma informação, dados anteriores apontam r/l
0,322, valor que está longe do ideal.
> A Toyota havia adotado assistência elétrica de direção no
atual Corolla e a Honda a seguiu em 2009. As vantagens são menor
consumo de combustível (deixa de haver conexão direta entre
direção e motor), ausência de fluido (mais favorável ao meio
ambiente) e facilidade de calibração, pelo fabricante, do peso
ideal em cada velocidade. É mais um item em que o Jetta
Comfortline recorre ao método tradicional, a assistência
hidráulica, embora na versão TSI a fábrica tenha adotado o
sistema elétrico.
> O Civic volta a se destacar em suspensão traseira, a única no
grupo com rodas independentes e atuando por meio de braços
sobrepostos, para posicionamento mais preciso das rodas durante
o curso de trabalho. Os concorrentes usam o simples e barato
eixo de torção (conheça cada
tipo de suspensão). |