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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
O mais potente é o mais veloz? O menos potente é o mais econômico? Nem sempre essas expectativas se confirmam na simulação desenvolvida para o Best Cars pelo consultor Iran Cartaxo.

Apesar da ligeira vantagem de potência do Corolla, o Civic é que foi o mais veloz por boa margem. Embora tenham aerodinâmica semelhante, o segundo consegue melhor acerto de câmbio para essa finalidade: em quarta marcha, o motor do Honda fica cerca de 750 rpm abaixo do ponto de maior potência. Já no Toyota, com a terceira curta demais (não passa de 187 km/h) e a quarta muito longa, a rotação ficou ao menos 1.300 rpm abaixo do pico de potência. Com isso, enquanto o Civic chega à máxima usando 131 de seus 140 cv, o Corolla não consegue aproveitar mais de 113 de seus 144 cv.

Nesse item, quem mostrou excelência foi o Jetta, no qual a quinta marcha leva o motor a uma coincidência praticamente exata com a rotação de potência máxima. Com isso, mesmo com um motor de 24 cv a menos que o Corolla — e ainda penalizado pelos largos pneus e a maior resistência ao ar, que a 120 km/h impõem o consumo de mais 2 cv —, o VW ficou perto dele em velocidade.

O carro de seis marchas (Jetta), curiosamente, não é o que tem a última delas mais longa, e sim o Civic com suas cinco marchas, como se nota pelas 200 rpm a menos a 120 km/h. O Corolla, de apenas quatro, gira mais em uso rodoviário mesmo depois do recente alongamento.

A disputa foi boa entre as marcas japonesas em aceleração, com a vitória se alternando conforme a prova e o combustível empregado. Nesse quesito o VW está em flagrante desvantagem, como ao acelerar de 0 a 100 km/h em 13,3 segundos com álcool, quase 2 s a mais que os outros: é diferença suficiente para qualquer um perceber ao volante. Também em retomada o Jetta ficou para trás, sobretudo na de 80 a 120 km/h.

Em consumo o grupo esteve mais equilibrado, mas o motor menos potente do VW não se traduziu em maior economia no uso urbano: mais pesado, ele ficou no meio-termo entre o econômico Civic e o mais gastador Corolla. Já o ciclo rodoviário apontou curiosa coincidência de resultados entre o VW e o Honda, com o Toyota um pouco atrás. Com tanques maiores, Corolla e Jetta oferecem as mais longas autonomias.
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  Civic Corolla Jetta
gas. álc. gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima 202,1 km/h 203,6 km/h 191,1 km/h 194,4 km/h 188,9 km/h 190,9 km/h
Regime à vel. máxima (rpm) / marcha 5.450/4ª. 4.650/4ª. 4.700/4ª. 5.000/5ª. 5.050/5ª.
Regime a 120 km/h (rpm) / marcha 2.350/5ª. 2.900/4ª. 2.550/6ª.
Potência consumida a 120 km/h 28 cv 28 cv 30 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,7 s 11,5 s 11,7 s 11,6 s 13,9 s 13,3 s
Aceleração de 0 a 400 m 18,3 s 18,0 s 18,2 s 18,0 s 19,0 s 18,8 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 32,4 s 32,3 s 32,8 s 32,5 s 34,8 s 34,2 s
Retomada de 80 a 120 km/h em drive 7,6 s 7,5 s 7,9 s 7,5 s 10,8 s 10,3 s
Retomada de 60 a 100 km/h em drive 6,6 s 6,5 s 6,7 s 6,7 s 8,0 s 7,7 s
Consumo em cidade 9,8 km/l 6,9 km/l 8,4 km/l 6,4 km/l 9,1 km/l 6,5 km/l
Consumo em estrada 14,1 km/l 10,1 km/l 12,9 km/l 9,8 km/l 14,0 km/l 10,1 km/l
Autonomia em cidade 441 km 310 km 451 km 346 km 451 km 320 km
Autonomia em estrada 630 km 454 km 699 km 529 km 695 km 502 km
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O Civic (à esquerda) é que vence em velocidade máxima e consumo; em aceleração fica em equilíbrio ao Corolla (centro), com o Jetta bem atrás
Dados dos fabricantes
  Civic Corolla Jetta
gas. álc. gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima ND ND 191 km/h 198 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h ND ND 12,2 s 12,0 s 11,1 s
Consumo em cidade ND
Consumo em estrada ND
ND = não disponível
Comentário técnico
> Depois de manter o motor lançado na geração anterior, em 2002, para o atual Corolla apresentado em 2008, a Toyota o substitui na linha 2012 por uma nova unidade de 1,8 litro, da mesma família do 2,0-litros apresentado no ano passado, com o qual compartilha o diâmetro dos cilindros. O curso dos pistões diminuiu em relação ao antecessor, mas ainda é maior que o diâmetro: agora 80,5 x 88,3 mm, antes 79 x 91,5 mm.

Do 2,0-litros o novo 1,8 toma emprestados vários aperfeiçoamentos: variação do tempo de válvulas também para as de escapamento (origem da denominação Dual VVT-i), em vez de apenas nas de admissão; taxa de compressão de 12:1, contra modestos 10:1 do antigo; velas de irídio; tuchos hidráulicos, que dispensam a arcaica regulagem de folga de válvulas; e acionamento de válvulas por alavancas roletadas, para menores atrito e consumo. O comando ainda é movido por uma corrente (como no Civic), preferível à correia dentada (caso do Jetta) do ponto de vista da confiabilidade. A caixa automática é a mesma de antes, mas o diferencial está 2,5% mais longo.

> Se o Corolla é um carro conhecido com um novo motor, o Jetta é o oposto: um novo automóvel, mas que herda do antecessor (o Bora) a unidade de 2,0 litros e duas válvulas por cilindro, inaugurada por aqui em 1998 com o Golf e parente do AP-2000 usado pela VW desde os anos 80. Apesar de evoluções como o aumento da taxa de compressão por ocasião da mudança para flexível em combustível, o veterano motor não tem como se equiparar aos adversários em potência específica. Mesmo assim, algum desenvolvimento a mais poderia ser feito, como prova a General Motors com motor de concepção semelhante que obtém 140 cv com álcool.
> Tanto quanto o Corolla, o Civic tem motor com quatro válvulas por cilindro, bloco de alumínio (mais leve e eficiente na dissipação de calor que o de ferro fundido, caso do Jetta) e variação da atuação das válvulas. Nesse último aspecto a Honda vai além, pois faz variar não só o tempo, como também o levantamento. O sistema i-VTEC ainda retarda o fechamento de uma das válvulas de admissão em certas condições (abertura parcial do acelerador e rotação de 1.000 a 3.500 rpm), para maior economia de combustível.

> Um aspecto em que o motor do Civic sobressai é a relação r/l, importante fator para a suavidade de funcionamento , com o ótimo valor 0,277. A relação do Corolla depende de dado técnico ainda não fornecido pelo fabricante. Quanto à do Jetta, embora a VW se tenha negado a fornecer a mesma informação, dados anteriores apontam r/l 0,322, valor que está longe do ideal.

> A Toyota havia adotado assistência elétrica de direção no atual Corolla e a Honda a seguiu em 2009. As vantagens são menor consumo de combustível (deixa de haver conexão direta entre direção e motor), ausência de fluido (mais favorável ao meio ambiente) e facilidade de calibração, pelo fabricante, do peso ideal em cada velocidade. É mais um item em que o Jetta Comfortline recorre ao método tradicional, a assistência hidráulica, embora na versão TSI a fábrica tenha adotado o sistema elétrico.

> O Civic volta a se destacar em suspensão traseira, a única no grupo com rodas independentes e atuando por meio de braços sobrepostos, para posicionamento mais preciso das rodas durante o curso de trabalho. Os concorrentes usam o simples e barato eixo de torção (conheça cada tipo de suspensão).

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