Carros chineses valem a pena? A dúvida tomou de assalto muita gente
desde que a JAC Motors estreou no mercado, em março, com uma ousada
campanha de marketing para os modelos J3 e J3 Turin. Assim que o
primeiro deles chegou a nossas mãos, decidimos colocá-lo frente a frente
a um adversário direto nos quatro "Ps" que definem nossos comparativos.
Embora o segmento de hatches pequenos seja muito vasto no Brasil, alguns
modelos encaixam-se com precisão no alvo da novidade asiática. É o caso
do Fiat Uno de segunda geração em versões de 1,4 litro, que tem a mesma
proposta de uso do J3 — hatches de cinco portas com ênfase no uso
urbano, mas aptos a pequenas viagens com seus motores de razoável
desempenho — e porte semelhante, com 19 centímetros a menos
em comprimento, mas apenas 3 cm a menos em distância entre eixos, que o chinês. Em
potência, o uso de quatro válvulas por cilindro pela JAC permite
valor 20 cv mais alto — 108 contra 88 —, mas os motores estão próximos
em cilindrada, pouco abaixo de 1,4 litro.
O preço básico do J3, R$
37,9 mil, engloba um pacote fechado de equipamentos
ao qual se podem adicionar apenas pintura metálica e revestimento
interno em couro, este aplicado em concessionária. O carro avaliado
trazia apenas o couro e chegava a R$ 39,1 mil. Com o Uno é
diferente: o Sporting — escolhido por seu lançamento recente e por ainda
não ter passado por avaliação completa — parte de R$ 34 mil, mas é preciso
acrescentar algo como R$ 6 mil em opcionais para obter paridade com o
chinês em conteúdo. A unidade avaliada, quase completa, custava R$ 40
mil. Continua
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