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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
Mesmo quando se trata de carros similares em peso, aerodinâmica e motorização, pequenas diferenças podem se refletir no desempenho e no consumo, como mais uma vez mostrou a simulação desenvolvida para o Best Cars pelo consultor Iran Cartaxo.

O Civic tem maior potência, menor área frontal e o mesmo Cx, mas não é mais veloz — até perdeu nesse quesito, embora por margem mínima. A explicação está no câmbio: o do novo Corolla foi definido para exata coincidência das rotações de velocidade máxima e de maior potência, tanto com gasolina quanto com álcool. Portanto, as marcas obtidas por ele são as melhores possíveis para o carro. No Civic, o motor fica quase 1.000 rpm abaixo do pico de potência em quinta, enquanto a quarta o leva ao limite de rotação (6.850 rpm) e termina em 199 km/h.

Tivesse o Honda um encurtamento de 12% na quinta marcha, seu equilíbrio seria exato e a velocidade aumentaria. O câmbio atual, porém, o deixa mais agradável em uso rodoviário, pois gira 400 rpm a menos a 120 km/h em quinta. Interessante é que os carros têm relações muito próximas até a quarta marcha. Só mesmo na quinta ele se afasta e produz velocidade 12% maior com igual rotação.

Com apenas 20 kg adicionais e um pouco mais de potência e torque, o Civic sai à frente em aceleração e chega antes a 100 km/h, mas é superado pelo Corolla na marca de 400 metros e, se usarem álcool, também na de 1.000 m. Mas as diferenças são sutis a ponto de não se perceber ao dirigi-los. Mais expressiva é a vantagem do Toyota em retomadas, em especial em quinta marcha. É fácil entender o motivo: câmbio mais curto, mais uma vez. A favor do Honda, a possibilidade de fazer a prova de 60 a 100 km/h em segunda marcha, que chega a 101 km/h, ante 97 do concorrente.

Os dois carros são econômicos para seu porte e nível de desempenho, mas o Civic se saiu melhor em todas as condições simuladas, com gasolina ou com álcool. Contribuem a maior taxa de compressão e a quinta marcha mais longa. O Corolla, no entanto, consegue maior autonomia com o tanque 20% maior.
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  Civic Corolla
gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima 201,3 km/h 202,6 km/h 201,7 km/h 204,3 km/h
Regime à velocidade máxima (5a.) 5.250 rpm 5.300 rpm 5.950 rpm 6.050 rpm
Regime a 120 km/h (5a.) 3.150 rpm 3.550 rpm
Potência consumida a 120 km/h 27 cv 28 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 10,3 s 10,2 s 10,8 s 10,6 s
Aceleração de 0 a 400 m 17,6 s 17,5 s 17,4 s 17,2 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 31,9 s 31,8 s 32,0 s 31,4 s
Retomada de 80 a 120 km/h em 5ª. 20,7 s 20,3 s 16,2 s 15,9 s
Retomada de 80 a 120 km/h em 4ª. 13,8 s 13,6 s 12,2 s 12,0 s
Retomada de 80 a 120 km/h em 3ª. 9,2 s 9,0 s 8,0 s 7,8 s
Retomada de 60 a 100 km/h em 4ª. 12,8 s 12,6 s 12,5 s 12,3 s
Retomada de 60 a 100 km/h em 3ª. 9,0 s 8,9 s 7,8 s 7,7 s
Retomada de 60 a 100 km/h em 2ª. 5,5 s 5,4 s NA
Consumo em cidade 10,1 km/l 7,1 km/l 8,4 km/l 6,1 km/l
Consumo em estrada 13,8 km/l 9,9 km/l 12,4 km/l 9,0 km/l
Consumo a 60 km/h 16,8 km/l 12,0 km/l 13,8 km/l 10,1 km/l
Consumo a 80 km/h 14,2 km/l 10,1 km/l 13,1 km/l 9,5 km/l
Consumo a 100 km/h 12,7 km/l 9,1 km/l 11,8 km/l 8,6 km/l
Consumo a 120 km/h 11,2 km/l 8,1 km/l 10,2 km/l 7,5 km/l
Melhores resultados em negrito; conheça o simulador e os ciclos de consumo; NA = não aplicável
Dados dos fabricantes
Não disponíveis
Comentário técnico
> Apesar de manter a plataforma da geração anterior, o novo Corolla traz diversas alterações técnicas. A suspensão foi recalibrada; a direção conta com assistência elétrica em vez de hidráulica; as rodas têm agora cinco elementos de fixação, em vez de quatro, e aro de 16 pol nas versões XEi e SE-G no lugar de 15, com pneus 205/55 que substituem os 195/60. O motor passou por recalibração de injeção e ignição, com vistas à norma de emissões poluentes mais severa que entra em vigor em 2009. Com isso a potência com gasolina foi reduzida em 4 cv, para 132, mantendo-se em 136 com uso de álcool. O acelerador recebeu controle eletrônico; o câmbio manual teve as relações reestudadas e ganhou diferencial mais longo.

> Não houve alteração na relação r/l do motor Toyota, que permanece em 0,312, acima do limite convencionado de 0,3. Mas fica evidente o ótimo trabalho em absorver ruídos e vibrações e não os transmitir aos ocupantes, a ponto de se supor que a r/l melhorou. No Civic, em que esse fator é de 0,277, a suavidade de funcionamento continua um destaque.

> Ambos os carros usam alumínio no bloco do motor, que assim tem menor peso e maior dissipação de calor. Mas a Toyota foi muito conservadora na taxa de compressão do motor flexível, mantida em 10:1 como na antiga versão a gasolina.
A Honda passou-a de 9,9:1 para 11,5:1 no Civic e ainda não foi das mais ousadas, pois há motores de média cilindrada com mais de 12:1 no mercado já há vários anos.

> As duas fábricas usam mecanismos de variação do comando de válvulas, mas diferentes em funcionamento. No Corolla há simples alteração nos tempos de abertura e fechamento das válvulas, enquanto o Civic adiciona a variação de seu levantamento. O sistema da Honda ainda retarda o fechamento de uma das válvulas de admissão em certas condições (abertura parcial do acelerador e rotação de 1.000 a 3.500 rpm), para poupar combustível, mas a versão flexível não traz coletor de admissão variável, que havia no Civic a gasolina. Peculiaridade do modelo é ter um só comando para as válvulas de admissão e de escapamento, quando o usual é ter um para cada jogo de válvulas.

> Também mais elaborada é a suspensão traseira do Civic, independente por meio de braços sobrepostos, em vez do simples eixo de torção do Corolla. O esquema da Honda tem vantagens como maior separação de movimentos entre as rodas, para que impactos sofridos por uma não afetem a outra (a independência não é total porque existe um estabilizador ligando um lado a outro), e posicionamento mais preciso das rodas em situações extremas.

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