

Um nacional com
descendência alemã, outro mexicano e de origem japonesa, chegam ao
mercado a preços semelhantes, ao redor de R$ 85 mil |
|
|
|
Ao lançar o Vectra de terceira geração, em outubro último, a General
Motors preencheu com sua versão Elite uma fatia quase inexplorada do
mercado: a de sedãs médio-grandes de luxo na faixa entre R$ 80 mil e R$
90 mil. Até então, o consumidor tinha de escolher entre os médios
nacionais — Corolla, Civic, Focus, o próprio Vectra anterior —, menores
e com preço abaixo, ou os importados — Honda Accord, Citroën C5, Ford
Mondeo e outros —, em geral acima de R$ 100 mil.
A demanda pelo Elite surpreendeu a própria GM, o que provou que havia
uma lacuna no leque de opções do mercado. Mas a resposta da Honda foi
rápida: já no mês seguinte passava a trazer (do México, de onde vem sem
Imposto de Importação) o Accord LX com
motor de 2,0 litros, em vez do antigo 2,4. Ao se enquadrar em faixa com
menor tributação de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), seu
preço baixou para o mesmo patamar do Elite, tornando esse japonês de
sotaque espanhol o único concorrente direto dessa versão do Vectra.
Dos quatro "Ps" que norteiam nossas comparações, eles revelam equilíbrio
em três:
seguem a mesma proposta, têm idêntica potência de 150 cv (ao
usar álcool no Vectra; senão, 146 cv) e preços muito próximos.
Básicos, o Accord custa R$ 2 mil a mais, mas com os
opcionais o carro da GM o supera em R$ 4,3 mil. No outro
quesito, o porte, há uma diferença expressiva em comprimento e
largura (20 e 9 centímetros a mais no Accord, na ordem), mas pequena na
distância entre eixos (só 3 cm a mais).
Diante desse quadro, tão logo recebemos a novidade da GM, em dezembro,
decidimos aguardar pelo carro da Honda para o comparativo. Embora a
marca nipônica nos tenha imposto uma injustificável espera de três
meses, esperamos que tenha valido a pena aguardar
para conhecer e confrontar os dois modelos com detalhes, como o leitor
do Best Cars gosta de ler. Continua
|