


Montana: motor flexível em combustível e mais potente, pneus mais
voltados ao asfalto e suspensão com calibragem que surpreende



Strada: o mesmo motor mas
apto apenas a gasolina, suspensão menos confortável e pneus
cidade/campo, adequados à versão |
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Mecânica,
comportamento
e segurança
Primeiro motor compartilhado pelas agora
sócias Fiat e GM, o 1,8-litro da chamada Família I da
divisão Powertrain equipa os dois picapes, com uma diferença: o Montana nasceu
flexível em combustível, enquanto o Strada mantém o uso
de gasolina apenas. Como a Magneti Marelli, fornecedora da central
eletrônica para a Fiat, já detém essa tecnologia, sua versão flexível
não deve demorar a chegar.
Na condição atual, o Montana leva vantagem razoável em potência (109 cv
rodando com álcool e 105 com gasolina, contra 103 do Strada) e torque
máximo (18,2, 17,3 e 17 m.kgf na mesma ordem). Mas com álcool seu
funcionamento a frio (digamos, o primeiro minuto de rodagem) é um tanto
irregular, com "engasgos" mesmo a uma temperatura ambiente acima de 20º
C. Outro inconveniente desse combustível é a ridícula autonomia: cerca
de 300 km na cidade, com 10% de margem, pelo consumo obtido em nossa
simulação.
O picape da GM foi mais rápido na Simulação de
Desempenho, mas o da Fiat consome um pouco menos (ambos com
gasolina, claro).
À parte pequenas diferenças que não chegam a ser percebidas no uso
prático, o fato é que os dois andam muito bem em baixa rotação, podendo
acompanhar o fluxo na cidade ou na estrada com menos de 3.000 rpm a
maior parte do tempo, o que prevê facilidade de transporte de carga mais
pesada. É bom que seja assim pois, como todo Fiat ou Chevrolet com esse
motor, os picapes incomodam acima de 4.000 rpm pela aspereza de
funcionamento (saiba mais sobre
técnica).
A não ser por esse inconveniente, que representa obstáculo para que qualquer
um deles substitua o Saveiro como picape preferido para uso esportivo e
preparação, são
veículos agradáveis de dirigir: bom comando de câmbio (o do Strada
poderia dispensar o anel-trava para engate da ré, necessário apenas no
Montana), direção assistida rápida e leve e freios eficientes, com opção
de sistema antitravamento (ABS), que no Strada traz ainda distribuição
eletrônica de pressão entre os eixos (EBD).
Mas diferem na suspensão. O Montana marca uma mudança de receita na
traseira (saiba mais), com
resultado primoroso: aliado ao entreeixos bem maior, roda com maciez e
conforto próximos aos de um automóvel, o que o antigo Corsa Pickup nem
sonhava oferecer. A evolução nesse campo foi da água para o vinho.
Continua
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