


Montana: mesmo sem pneus adequados, roda longe do asfalto com conforto e
certa valentia, além de um estilo dos melhores



Strada: bom desempenho e robustez para o fora-de-estrada leve, com
faróis de neblina e de longo alcance que fazem da noite dia |
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O Strada não decepciona, mas transmite mais
as irregularidades, sobretudo as menores. Ambos superam lombadas com
facilidade e transmitem sensação de longa durabilidade.
Também em comportamento
dinâmico a novidade da GM cativa o motorista. Contorna curvas com
equilíbrio e facilidade, apesar da rápida perda de aderência dos pneus
algo modestos, e faz a alegria de qualquer entusiasta. Os pneus com
perfil mais baixo que os do Adventure (175/70-14 contra 175/80-14) e
desenho mais voltado ao asfalto contribuem para sua superioridade,
deixando-nos ansiosos por colocar as mãos na versão Sport, que usa a
medida 185/60-15.
Os pneus do Strada dão o troco quando se vai para o fora-de-estrada,
onde os dois foram dirigidos por mais de 30 quilômetros. Claro que são
limitados, como todo tração-dianteira, mas é possível trafegar por
estradas de terra e até por alguma lama, sobretudo com o Fiat. Nesses
momentos a opção por pneus cidade-campo se justifica, apesar do maior
ruído de rodagem, da menor estabilidade e do desgaste mais rápido que
apresentam no asfalto.
Vale notar que os estribos usados pelas duas marcas, além de não
servirem à finalidade original (não é preciso subir para chegar à cabine
desses picapes), são alvo de pedras jogadas pelas rodas motrizes, um
incômodo em alguns tipos de terreno. Também se sujam muito e, por sua
saliência, encostam facilmente na calça ao sair. Não faz sentido tê-los.
Um ponto crítico do Montana é a visibilidade traseira. Com a caçamba
muito alta, ao estacionar só se vê o carro de trás do meio do pára-brisa
para cima; já as colunas centrais muito largas criam um grande ponto
cego em acessos em ângulo ou qualquer situação que dependa de visão
lateral — situação que piora se o banco do passageiro estiver alinhado
com a pequena janela adicional. Será que os projetistas da GMB, que
também criaram as absurdas colunas dianteiras da Meriva, têm visão
de raio X?
À parte esse problema, que não tem solução fácil, os dois picapes se
equiparam em segurança ativa:
retrovisor esquerdo plano e não convexo,
mas maiores no Montana; faróis com duplo refletor de
superfície complexa, muito eficientes;
unidades de longo alcance, havendo também os de neblina no Strada; e a
falta de repetidores de luzes de direção nos pára-lamas, luz de neblina
traseira e ajuste elétrico do facho dos faróis.
Em segurança passiva, contudo, há vantagem do Fiat, único a oferecer bolsas infláveis frontais
(opcionais) nesta versão. O GM ainda não dispõe desse item.
Continua
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