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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
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Analisados pelo Simulador de Desempenho desenvolvido para o BCWS pelo consultor Iran Cartaxo, os picapes demonstraram desempenho equilibrado, como se poderia supor pelo fato de usarem o mesmo motor básico, relações de marcha equivalentes e terem pesos próximos.

Com maior potência e torque, o Montana foi o mais veloz (quando abastecido só com álcool) e acelerou mais rápido na maioria dos itens, mas por pequena margem. Pouco mais leve, o Strada saiu em ligeira vantagem no consumo.

Interessante é que o efeito final da quinta marcha, considerados sua relação, a do diferencial e a medida dos pneus, é praticamente o mesmo nos dois.

O Strada deste comparativo apresenta ligeiras diferenças em relação à avaliação de julho passado,
devidas ao contínuo aprimoramento do Simulador. Embora o picape seja idêntico, a nova simulação considera com maior precisão as perdas mecânicas que todo veículo apresenta.

Simulado com os dois extremos possíveis no abastecimento — gasolina, apenas com o percentual de álcool obrigatório, e álcool puro —, o Montana ficou mais rápido com a segunda opção, graças aos 4 cv e 0,9 m.kgf adicionais. O maior ganho ocorre nas acelerações e retomadas em menor velocidade.

O consumo, claro, aumenta: rodam-se cerca de 16% menos na cidade e na estrada com álcool, o que significa (no raciocínio inverso) poder-se rodar 19% mais com gasolina. No entanto, pelos preços atuais o custo por quilômetro é bem menor com o combustível vegetal, situação que precisa ser reavaliada de tempos em tempos.
   Montana
com gasolina
Montana
com álcool
Strada
Velocidade máxima 174 km/h 176 km/h 175 km/h
Regime à veloc. máxima (5a.) 4.900 rpm 4.975 rpm 4.900 rpm
Regime a 120 km/h (5a.) 3.375 rpm
Potência consumida a 120 km/h 34 cv 33 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,8 s 11,3 s 11,9 s
Aceleração de 0 a 400 metros 17,8 s 17,6 s 18 s
Aceleração de 0 a 1.000 metros 32,9 s 33,4 s
Retomada 80 a 120 km/h em 5a. 14,7 s 13,8 s 15,3 s
Retomada 60 a 100 km/h em 4a. 10,3 s 9,8 s 9,7 s
Consumo em cidade 7,9 km/l 6,6 km/l 8,0 km/l
Consumo em estrada 14,2 km/l 11,9 km/l 14,5 km/l
Os resultados de consumo não devem ser comparados aos publicados após agosto de 2004
Comentário técnico
> As diferenças no motor 1,8 estão na taxa de compressão (10,5:1 no Montana, 9,4:1 no Strada) e na central eletrônica, que na GM é fornecida pela Delphi e permite rodar com gasolina ou álcool em qualquer proporção, enquanto a Fiat usa central Magneti Marelli e funciona apenas com gasolina.

> Como o leitor habitual do BCWS já sabe, esse propulsor tem um erro de projeto que se reflete em funcionamento áspero, com muita vibração a partir de 3.500 rpm: as bielas curtas demais, resultando na pior relação r/l (0,339) conhecida do mercado nacional. A provável razão é a economia de escala em utilizar nele as mesmas bielas das versões de 1,0, 1,4 e 1,6 litro da chamada Família I.
O outro 1,8 da GM, o Família II que surgiu no Monza e persiste só no Astra Sedan a álcool, tem bielas bem mais longas e ótima r/l, 0,27 — mas é um bloco maior e mais pesado, pois prevê cilindrada de até 2,4 litros.

> Começou em 1982 com o Ford Pampa, prosseguiu com o Fiat Fiorino em 1994 e chegou ao Corsa Pickup, Strada e Courier: a receita de eixo traseiro rígido, com feixe de molas semi-elíticas (nos dois primeiros) ou mola parabólica única (nos demais), parecia consagrada para picapes leves, embora nunca utilizada pelo Saveiro. Agora a GM reverte a tendência, seguindo o modelo da VW com eixo de torção e mola helicoidal no Montana — e obteve resultados dos melhores, como se lê no texto principal.

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