> As diferenças no
motor 1,8 estão na taxa de compressão (10,5:1 no Montana, 9,4:1
no Strada) e na central eletrônica, que na GM é fornecida pela
Delphi e permite rodar com gasolina ou álcool em qualquer
proporção, enquanto a Fiat usa central Magneti Marelli e
funciona apenas com gasolina.
> Como o leitor habitual do BCWS já sabe, esse
propulsor tem um erro de projeto que se reflete em funcionamento
áspero, com muita vibração a partir de 3.500 rpm: as bielas
curtas demais, resultando na pior
relação r/l (0,339) conhecida do mercado nacional. A
provável razão é a economia de escala em utilizar nele as mesmas
bielas das versões de 1,0, 1,4 e 1,6 litro da chamada Família I. |
O outro 1,8 da GM, o
Família II que surgiu no Monza e persiste só no Astra Sedan a
álcool, tem bielas bem mais longas e ótima r/l, 0,27 — mas é um
bloco maior e mais pesado, pois prevê cilindrada de até 2,4
litros.
> Começou em 1982 com o
Ford Pampa, prosseguiu
com o Fiat Fiorino em 1994
e chegou ao Corsa Pickup, Strada e Courier: a receita de eixo
traseiro rígido, com feixe de molas semi-elíticas (nos dois
primeiros) ou mola parabólica única (nos demais), parecia
consagrada para picapes leves, embora nunca utilizada pelo
Saveiro. Agora a GM reverte a tendência, seguindo o modelo da VW
com eixo de torção e mola helicoidal no Montana — e obteve
resultados dos melhores, como se lê no texto principal. |